Política

Coronel condena tentativa de "intimidação" de Bolsonaro, mas critica Kajuru por vazamento: "Absurdo"

Divulgação/Agência Senado
Bnews - Divulgação Divulgação/Agência Senado

Publicado em 12/04/2021, às 13h28   Luiz Felipe Fernandez


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O senador Angelo Coronel (PSD) condenou a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de intimidar o Congresso Nacional em conversa com Jorge Kajuru, divulgada pelo próprio senador do Cidadania em sua rede social.

"O Congresso tem que ser independente, o poder legislativo como um todo [...] não concordo com nenhuma intimidação, fica parecendo um verdadeiro despreparo e destempero de quem está no cargo", disse o senador.

Do outro lado, Coronel também não isenta Kajuru da atitude de gravar o presidente da República. "É um absurdo", afirmou Coronel em conversa com o BNews.

"É um absurdo que uma pessoa grave a outra enquanto ta em uma chamada, sem a devida autorização da parte. Uma prática que só faz apequenar o legislativo", lamenta.

CPI DA PANDEMIA

Relator da CPI das Fake News, Coronel acredita que a CPI da Pandemia vive o mesmo dilema, com a impossibilidade de fazer oitivas presenciais. 

Para o senador, o ideal é esperar um prazo para que a situação do Brasil melhore em relação à pandemia para voltar as atenções à CPI.

Assim como foi feito com a CPI das Fake News, sugere Coronel, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), poderia determinar o congelamento da CPI da Pandemia, para evitar que o prazo expire.

Coronel lembra que três senadores já faleceram vítimas da doença e que vários assessores permanecem hospitalizados.

"Não tem como reunir nas salas de comissões, jornalistas, titulares, suplentes [...] enquanto não tiver imunizante para dissipar a pandemia, não tem como. Tem que convocar as pessoas para vir depor e o depoimento precisa ser colhido pessoalmente", argumenta.

Fala do presidente Bolsonaro e reproduzida por apoiadores, a inclusão de estados e municípios na CPI, explica Coronel, já é prevista.

De acorodo com o senador, todos os "fatos conexos" ao texto principal serão investigados. 

Como a verba federal para o combate à doença é repassada aos estados e municípios, eles também podem se tornar alvos da investigação da CPI.

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