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Lídice rebate Rui: o PT precisou gastar muito dinheiro para encher convenção

Imagem Lídice rebate Rui: o PT precisou gastar muito dinheiro para encher convenção
Para senadora, PT faz aliados de "enfeite"  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/06/2014, às 08h29   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)



A candidata ao governo da Bahia pelo PSB, senadora Lídice da Mata, rebateu nesta sexta-feira (27) às declarações do postulante petista Rui Costa, que em almoço com jornalistas de Salvador na última quarta (25) afirmou que ela iria “desidratar” e não existiria a possibilidade da senadora se colocar como terceira via, mesmo estando à sua frente nas pesquisas eleitorais, já que o pleito na Bahia será polarizado entre PT e DEM.

“Estou muito bem hidratada. Quem está meio desidratado é o candidato do governo [Rui Costa], que está precisando fazer uma festa enorme, trazer a presidente Dilma, trazer Lula e gastar muito dinheiro para encher a convenção. Estou muito bem, estive até gripada, mas não sofri deste mal não”, ironizou a senadora, em entrevista a Zé Eduardo na segunda hora do Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metrópole.

A socialista ainda falou da relação dela e do PSB com o governo Wagner. O partido deixou a administração petista no início do ano.

“O PT era uma relação política. São alianças e alianças se fazem e se desfazem. Eu tenho uma relação de amizade muito grande com pessoas do PT, inclusive com o governador Jaques Wagner, a quem respeito muito como líder político e na relação pessoal. Mas o PT, no entanto, é um partido que tem como característica central o exclusivismo. A sua atuação é sempre voltada para o fortalecimento do próprio PT. O PSB apoiou o governador Jaques Wagner antes do PT apoiá-lo e decidir sua candidatura. Estivemos com muita fidelidade no governo, mas isso não quer dizer que não tenhamos o direito ao poder, ou de sonhar com o poder”, afirmou.

Lídice ainda revelou um diálogo que teve com Wagner antes da saída do partido da base que, segunda ela, justificou o rompimento com os petistas baianos.

“Abrimos mão de uma candidatura da prefeitura de Salvador para apoiar Pinheiro [em 2008], e eu fui vice quando tínhamos uma preferência na opinião pública já destacada. Também não concorri à eleição de prefeito agora [2012] para apoiar, solicitada pelo governo do Estado, a candidatura de [Nelson] Pelegrino. Naquela oportunidade disse ao governador e fiz por escrito e pessoalmente que não era possível que os partidos estivessem compondo essa aliança apenas por enfeite. Era preciso que os partidos políticos e suas lideranças tivessem a possibilidade real de se apresentar como alternativa de poder. Abrimos mão duas vezes, e o PCdoB também, com Alice Portugal [pré-candidata em 2012]. Então, em 2014 não aceitaria, mais uma vez, a retirada da candidatura e, naquela altura, o PT já discutia cinco nomes internos e nenhum nome de outros partidos aliados do governo. Disse ao governador: isso fica parecendo um truque. Internamente o PT lança 2,3, 4 [nomes], faz aquela discussão interna, paralisa os partidos da base, e ficam todos esperando para ver o que o PT decidirá, mas o PSB decidiu se encontrar” revelou.

*Matéria originalmente publicada às 15h39 desta sexta-feira (27)

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