Pegos de surpresa, usuários reclamam do aumento na tarifa de ônibus em Salvador

Usuários do sistema foram pegos de surpresa com o aumento na tarifa de ônibus na capital baiana, que passa a valer nesta segunda-feira (26). A passagem sairá de R$ 4,20 para R$ 4,40. O BNews esteve neste sábado (24) na Estação Pirajá e ouviu passageiros sobre a decisão da prefeitura; a resposta foi unânime: todos são contra o reajuste diante de um serviço que consideram péssimo.  

“Misericórdia! Não sabia do aumento. Se já era complicado pagar R$ 4,20, imagine R$ 4,40. Para não ter que pagar mais uma passagem, eu costumo andar de um ponto a outro. Por causa da insegurança, procuro sair em horários mais movimentados e evito pegar no celular para não ser assaltada”, contou a entrevistadora Ieda Assunção.

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O pedreiro José Luís disse que ficou sabendo sobre o aumento pelos jornais. Ele destacou os altos índices de desemprego e as dificuldades que a população tem enfrentado para ganhar dinheiro e sobreviver. “R$ 4,40 está ruim, não fica bom pra ninguém. Eu pego ônibus de manhã e de tarde, todos os dias da semana. É um aumento que dói no bolso, ainda mais para quem está desempregado. Aí a pessoa precisa sair e não tem condições”, criticou o pedreiro.

Adriana Cardoso foi outra que não tinha conhecimento sobre o reajuste. “Horrível! É um absurdo ter aumento numa situação em que a gente está passando, numa pandemia dessa, em que as pessoas não têm nem mais o que comer. Como vão pagar transporte? Isso é muito errado! Isso sem falar da violência nos ônibus, a falta de distanciamento social”, apontou Adriana.

A bancária Viviane Oliveira acha caríssimo o valor da tarifa de ônibus em Salvador e destaca o fato de os coletivos com ar condicionado não terem chegado em sua totalidade, além de os veículos que circulam pela capital estarem sempre cheios e sem os cuidados necessários. “Não era para aumentar”, reclamou Viviane.

A esteticista Eliana Lopes também acredita que o momento foi completamente inapropriado para o aumento. “Além disso, vivemos na insegurança e vemos os ônibus sem qualquer distanciamento, sem qualquer prevenção ao coronavírus”, acrescentou Eliana.