Salvador

‘Muito indignada e ferida’, lamenta baiana de acarajé alvo de intolerância religiosa

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O vídeo viralizou nas redes após turistas zombarem da trabalhadora   |   Bnews - Divulgação Montagem BNews

Publicado em 16/11/2021, às 07h10   Redação BNews


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Alvo de preconceito e intolerância religiosa ao ser chamada de “preguiçosa” e “macumbeira”, a baiana do acarajé, Eliane de Jesus se posicionou sobre o caso. Em vídeo enviado para uma emissora local, a trabalhadora afirma que está há mais de 10 anos no Pelourinho com o tabuleiro de quitutes. 

“Estou aqui para falar sobre um vídeo que está rolando aí sobre a minha imagem de duas pessoas insignificantes. Ele bateu foto minha e eu não vi. Não fui até ele, eu nem sei quem é ele, eu vi depois que ficou rolando nas redes sociais e na internet”, explicou Eliane à TV Bahia.

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A baiana afirmou que está “muito indignada e ferida com isso, porque é intolerância religiosa”. “Eu benzo e sou suspensa como Ekede (cargo no candomblé) em uma casa (terreiro). Então, não é certo, ele chegar e fazer isso com minha imagem, é intolerância contra a minha religião”, lamenta. 

Entenda o caso

Os dois turistas que gravaram um vídeo neste sábado (15), no Centro Histórico de Salvador, chamando uma trabalhadora baiana de "preguiçosa" esclareceram o motivo pelo qual filmaram e compartilharam a imagem da mulher que estava sentada no Largo do Pelourinho. No vídeo, postado no Instagram, os dois zombam da baiana e um deles fala: “tem cara de macumbeira”. 

O nutricionista Ludvick Rego pede desculpa por ter filmado e compartilhado a mulher, e diz que, na verdade, ele e o amigo estavam fazendo uma crítica ao fato da baiana estar cobrando para benzer os turistas que ali passavam. Ludvick diz ainda que faz parte de um religião de matriz africana e que sabe que esse tipo de ritual não pode ser feito em ambiente diferente do habitual, como os terreiros, tampouco cobrado.

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