Advogados e ex-funcionários do Hospital Espanhol debateram, na manhã desta sexta-feira (25), as dividas trabalhistas da unidade de saúde, no edifício do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no bairro de Nazaré.
Na ocasião, representantes da Real Sociedade Espanhola pediram o adiamento do leilão do hospital, alegando que a Proteção Médica a Empresas (Promédica) ofereceu uma proposta para adquirir os antigos prédios da unidade. Segundo eles, a Promédica pediu para avaliar as dívidas do hospital antes da compra. A Real Sociedade Espanhola terá até o dia 25 de novembro para fechar o acordo com a Prómédica. Se não for concretizado, os prédios da unidade irão a leilão para quitar as dívidas.
O débito apurado hoje é de R$ 20 milhões, mas pode chegar a R$ 60 milhões, conforme informou o juiz trabalhista José Arnaldo de Oliveira. “Mas o importante é que todo aquele empreendimento imobiliário do hospital é muito elevado, supera a casa do R$ 250 milhões. O que achamos que será suficiente para pagar os créditos trabalhistas”, afirmou o magistrado. “Com a notícia de hoje, nós achamos que tudo vai dar certo e que em dezembro ou janeiro a gente consiga concretizar esse crédito trabalhista”, acrescentou.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (Seeb), Lúcia Duque, espera que a venda do hospital signifique a recontratação dos funcionários demitidos. Segundo ela, mais de 2500 estão desempregados. Destes, 600 eram enfermeiros na unidade. “A gente fica curiosa para saber se Promédica tem como para pagar está dívida que é muito elevada”, afirmou.
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