Salvador

Centrais boicotam lançamento de programa Federal

Imagem Centrais boicotam lançamento de programa Federal
Sindicalistas querem contrapartida das empresas no programa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 02/08/2011, às 10h27   Redação Bocão News


FacebookTwitterWhatsApp

Na segunda-feira (2), véspera do lançamento do programa para ajudar o setor industrial, o governo tentou acalmar os ânimos dos sindicalistas. Eles ficaram descontentes por não terem sido chamados para opinar sobre o Plano Brasil Maior de Política Industrial. No entanto, a reunião não surtiu efeito e os representantes das centrais sindicais saíram do Palácio do Planalto dizendo que, em protesto, não vão ao lançamento do programa, marcado para esta terça-feira (2).

"Não viremos aqui apenas para bater palmas para o governo", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique. O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira, o Paulinho da Força (PDT-SP), seguiu a mesma linha. "Como o governo não nos ouviu, a Força Sindical está fora do lançamento do plano."

O que mais irritou os sindicalistas foi o fato de o governo limitar a conversa com eles e depois ter concedido ao setor industrial a desoneração da folha de pagamento.

"Vínhamos discutindo a desoneração da folha, mas não concordamos com a proposta do governo, que vai fazer com que a União se encarregue de arcar com as perdas de arrecadação”, disse Artur Henrique. “Estávamos discutindo contrapartidas das empresas. Os empresários chegaram até concordar com o estabelecimento de contrapartidas depois de oito anos de luta. Agora, vem o governo dizer que decidiu fazer isso dessa forma. Somos contra."

A intenção do governo é ver como o setor que terá a folha desonerada se comporta até dezembro de 2012. O governo propôs que as centrais participem desse monitoramento, segundo os sindicalistas.

A Medida Provisória (MP) que institui o programa será encaminhada nesta terça-feira ao Congresso Nacional. Além do programa, o governo pretende enviar ao Legislativo um projeto de lei complementar definindo mudanças no Supersimples.

A intenção é frear o encolhimento da indústria nacional, que vem sofrendo com a invasão de produtos importados. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Gaged) do Ministério do Trabalho, em julho ocorreram 58 mil demissões no setor de manufaturados e estima-se que em agosto elas cheguem a 100 mil.



*Com informações da Agência Brasil


Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp