Passarela da estação CAB é alvo de reclamações
Longas, estreitas e com muitos zigue-zagues. Assim são as passarelas provisórias que dão acesso às estações do metrô ao longo da avenida Paralela, em Salvador. Os equipamentos, que passam por reforma desde a inauguração das estações, contam atualmente com uma estrutura temporária. Construídas com madeiras e ferros, as passarelas são alvos de reclamações de quem as utiliza com frequência.
Usuários reclamam dos trechos sinuosos das estruturas provisórias (Estação Pituaçu)
"Quem já tem uma certa idade enfrenta muita dificuldade para passar por essa passarela. Além de ter muitas voltas, são muito longas. Cansa só de olhar. Todas às vezes que venho aqui imagino atravessar a passarela. É um sobe e desce que parece não terminar mais", reclamou o aposentado Luis Oliveira, em relação à passarela que dá acesso à estação Pituaçu.
Os trechos sinuosos da passarela também
são motivo do questionamento da funcionária pública Kátia Monteiro. Ela precisa atravessar o equipamento diariamente e reclama da estrutura. "Confesso que eu passo aqui com medo. Parece mais um labirinto do que uma passarela. Não sou engenheira, mas acho que eles poderiam construir isso aqui de outra forma", disse. "Espero que concluam logo essas obras para acabar com esse sufoco", completou.
Inauguradas em maio deste ano, as novas estações da linha dois (Pernambués, Imbui, CAB e Pituaçú) duplicaram a quantidade de usuários que utilizam o modal. Se antes o número de visitantes era 90 mil pessoas por dia, agora, cerca de 180 mil circulam pelas estações, de acordo com a CCR Metrô Bahia, empresa que administra o sistema. Com o aumento do número de usuários, cresce também a insegurança nas passarelas.
"É horrível isso aqui. Além de ter várias curvas desnecessárias, temos que atravessar a passarela correndo, pois esse local é muito propício para assaltos. Os seguranças só ficam na parte principal da passarela, perto da entrada da estação. Nunca vi nenhum segurança na parte provisória", relatou o repositor Ricardo Brito, que passa pela estrutura que dá acesso a estação CAB com frequência.
Em nota, a CCR Metrô Bahia informou que está prevista para novembro a conclusão da implantação das passarelas definitivas das Estações CAB e Pituaçu do metrô. Segundo a concessionária, para viabilizar a construção da nova passarela e garantir a circulação segura de pedestres durante as obras, são necessários os desvios existentes (zigue-zagues), o que pode provisoriamente alongar o percurso na estrutura.
Em relação a segurança nas passarelas, a CCR informou que mantém equipes de vigilantes que realizam rondas no local 24h por dia, em regime de revezamento, cobrindo toda a extensão do equipamento. Além do monitoramento contínuo feito por oito câmeras de segurança, na passarela de Pituaçu e 9 câmeras na passarela de CAB, todas interligadas ao Centro de Controle Operacional da CCR Metrô Bahia.
Ainda conforme o texto, as novas passarelas atenderão as normas vigentes de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e terão o dobro da largura da estrutura atual, acomodando com conforto o fluxo de pedestres na região.
Crimes
Na época, a CCR infomou que a empresa mantém dez vigilantes terceirizados atuando na passarela. Os agentes, de acordo com a concessionária, são responsáveis por garantir a livre circulação dos passageiros.
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Publicada no dia 21 de agosto de 2017, às 16h59
