Salvador

"Nossa forma de fazer protesto é cantando", afirma Daniela Mercury após polêmica entre prefeitura e Ecad

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Artista participou de inauguração da Casa do Carnaval, que vai funcionar no Centro Histórico  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/BNews

Publicado em 05/02/2018, às 18h16   Chayenne Guerreiro e Shizue Miyazono


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Após alguns artistas se manifestarem contra a Prefeitura de Salvador por causa do pagamento de direitos autorais, Daniela Mercury afirmou que "nossa forma de fazer protesto é cantando". A afirmação da cantora foi feita, na tarde desta segunda-feira (5), durante a inauguração da Casa do Carnaval, que vai funcionar no Centro Histórico, ao lado da Catedral Basílica de São Salvador.

"Eu acho que a mobilização é importantíssima e é obvio que eu me conecto com todas as necessidades dos compositores, inclusive eu sou compositora também, é justo o protesto e, ao mesmo tempo eu acho a Casa do Carnaval genial. Então vou continuar pressionando também que a prefeitura resolva essa questão com o Ecad, que é realmente  muito importante que se resolva, mas acho a iniciativa da prefeitura de fazer  a Casa do Carnaval genial, estou muito emocionada com esse lugar, acho que muita gente está sendo homenageada, que merece. Muitos grandes artistas plásticos que receberam o status de artista de museu, que são reconhecidos pela cidade e agora vão ficar mais conhecido pelo mundo. Acho a iniciativa belíssima , mas estou conectada também com essa luta e com a mobilização e sei que é um assunto muito sério e que a gente precisa encontrar uma solução".

Acompanhada de outros artistas que estiveram presentes na inauguração do museu, que conta a história da folia em uma viagem visual e sensorial, com diversos recortes temáticos da festa, das transformações sociais e da formação da identidade baiana, Daniela afirmou que o museu do Carnaval precisa de músicas, precisa dos compositores, mas está contemplando muita gente que precisa de homenagens. 

"Toda a invenção do Carnaval vem sendo construída ao longo desses quase 50 anos. Eu estou aqui por tudo que está representado aqui dentro, não por mim somente que estou aqui com as minhas roupas, a minha alma. A nossa forma de fazer protesto é cantando, é de ir para rua, é estando presente", explicou a artista.


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