Pacientes reclamam de atendimento no CAPS de São Caetano; SMS explica situação

“Preciso de uma terapia. Sofro de depressão. Estou aqui porque preciso. Cheguei de madrugada para ver se conseguia atendimento, mas quando chego aqui, um rapaz chamado Danilo me disse sem qualquer sensibilidade que não seremos atendidos”. Esse foi o desabafo que uma mulher de 33 anos fez em contato com o BNews, na manhã nesta quinta-feira (15).

Segundo a denunciante, ela chegou ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), no bairro de São Caetano, em Salvador, por volta das 5 horas da madrugada. Além dela, outras pacientes também conversaram com a reportagem. “Esse rapaz disse que só serão atendidas duas pessoas. A gente queria passar pela triagem. Não é possível que não tenha nenhuma solução, que vamos voltar para casa sem nenhuma esperança. Isso é uma desumanidade”, lamenta uma outra mulher, de 41 anos.

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Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelo gerenciamento da unidade, enviou uma nota de esclarecimento ao site. “Durante três dias na semana o atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São Caetano é feito por demanda aberta, quando a população é acolhida e passa por uma triagem feita pela equipe multidisciplinar”, diz trecho da nota. Ainda segundo a SMS, após esse processo, o cidadão é matriculado no serviço de acordo com o grau de prioridade e dá início ao tratamento. 

Sobre o episódio ocorrido nesta quinta-feira, por exemplo, a SMS explicou que os atendimentos “são feitos exclusivamente para esses pacientes já cadastrados. Porém, apuraremos se houve falta de sensibilidade por parte dos profissionais de prestar os devidos esclarecimentos às pessoas que estavam presentes na unidade, mas não tinham conhecimento sobre o funcionamento do serviço. A coordenação de Saúde Mental da SMS foi acionada”.