Salvador

Caso Geovane: Justiça decide que 7 de 11 policiais denunciados vão a júri popular 

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Jovem de 22 anos foi decapitado, carbonizado e teve órgãos genitais retirados, em 2014; quatro policiais foram inocentados   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/03/2018, às 07h30   Redação BNews



A juíza Gelzi Maria Almeida de Souza, do 1º Juízo da 1ª Vara do Júri, decidiu que sete dos 11 policiais militares denunciados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por suspeita de envolvimento na morte de Geovane Santana Mascarenhas devem ir a júri popular. A decisão foi divulgada no Diário Eletrônico da Justiça de sexta-feira (23) e cabe recurso.

De acordo com a decisão, devem ir a júri popular o subtenente Cláudio Bonfim Borges, o sargento Daniel Pereira de Souza Santos, e os soldados Alan Moraes Galiza dos Santos, Alex Santos Caetano, Jesimiel da Silva Rezende e Roberto dos Santos Oliveira. A data do julgamento ainda não foi definida. Os demais policiais - o sargento Gilson Santos Dias, e os soldados Jailson Gomes Oliveira, Claudio Cezar Souza Nobre, Fábio Sodré Lima Masavit Cardozo, Jocenilton dos Santos Ferreira e Alex Santos Caetano-,foram inocentados pela Justiça por "inexistência de indícios suficientes de autoria".

Os 11 policiais respondem ao processo em liberdade e, conforme a PM, desempenham atualmente funções administrativas. Todos foram denunciados pelos crimes de sequestro, roubo e homicídio qualificado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Dos onze, seis policias ainda foram denunciados por ocultação de cadáver.

O crime

O jovem, que tinha 22 anos na época do crime, desapareceu no dia 2 de agosto de 2014, após uma ação da Polícia Militar, em Salvador. Os restos mortais foram encontrados no dia seguinte no Parque São Bartolomeu. O pai conseguiu imagens de câmeras de segurança que mostraram o momento em que o rapaz foi levado por policiais lotados nas Rondas Especiais (Rondesp). Geovane foi decapitado, carbonizado, teve duas tatuagens removidas do corpo e os órgãos genitais retirados.

Em depoimento à época, os PMs afirmaram que o rapaz foi abordado por ter características semelhantes às de um assaltante que teria roubado uma mulher na região da Calçada. Eles sustentaram que levaram Geovane até a mulher, mas ela não o reconheceu como o ladrão e depois disso ele teria sido liberado.

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