Salvador

Presidente da AmaBarra critica revitalização do Cristo: não deram importância ao monumento

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Valtson Campos ressalta que associação busca tombamento do marco de fundação da cidade  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 17/04/2018, às 16h02   Redação BNews


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O que era para ser mais uma obra de revitalização da prefeitura de Salvador se tornou um impasse entre os moradores do bairro e a gestão de ACM Neto (DEM). Desde o ínicio das obras, cujo investimento previsto é de aproximadamente R$1,2 milhão, que as críticas em torno do projeto não param de crescer.

Segundo o presidente da Associação dos Amigos da Barra (AmaBarra), Valtson Campos, a associação não concordou com o vidro colocado já que "não deram importância ao monumento. Eles até alegaram que é por causa de uma questão cênica, porque vão ter luzes. Mas, a gente discorda", afirmou, ressaltando a enquete feita pele AmaBarra no facebook. Nela, a associação exalta a história do monumento, que foi esculpido em mármore de carrara pelo artista italiano Pasquale De Chirico, tem sete metros de altura, com pedestal. "O Cristo, graças a Deus, continua o mesmo mas a sua base, agora de vidro, é a inovação deste cartão postal da cidade", ironiza. 

Procurada, a prefeitura informou por meio de nota que para a requalificação do Morro do Cristo – que é parte das ações ao longo de toda a Orla da capital baiana –, serão realizadas obras numa área de aproximadamente 500 m², com investimento previsto de R$1,2 milhão. "As ações no monumento contemplam nova alvenaria de contenção, implantação de piso e de iluminação cênica. Além do restauro da estátua do Cristo Salvador, será feita substituição do pedestal, que passará de granito preto para vidro, sem alterar as características do patrimônio, que já foi tombado pelo município, em março deste ano. A mudança do pedestal, junto com a iluminação, tem como intuito fazer com que as pessoas tenham a impressão de que o Cristo pareça “flutuar” ao largo do mar", diz a nota.

Ainda conforme a prefeitura, o projeto contempla também a instalação de uma Praça das Bandeiras que, inclusive, poderá ser utilizada para realização de missas campais. "Haverá também melhorias no acesso, com instalação das placas atuais de concreto por granito – o que garantirá maior durabilidade – formando degraus ao longo da encosta. Será mantida ainda toda a vegetação existente, com uma diferença: o plantio de novos coqueiros na localidade".


Marco da fundação da cidade

O presidente da AmaBarra ressalta ainda que a proposta da associação era para que o investimento feito na obra fosse para o tombamento do marco da fundação da cidade. "O marco está destruído. O que queríamos é que os moradores fossem ouvidos antes. A população não foi consultada sobre as necessidades do bairro", afirmou.

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