Salvador

Relembre! Incêndio da AL-BA é só mais um de série de ocorrências no CAB em quatro décadas

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Levantamento feito pelo BNews aponta que o complexo público tem histórico extenso de ocorrências do tipo  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 28/07/2018, às 17h30   Henrique Brinco e Victor Pinto


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incêndio de grandes proporções do Palácio Luís Eduardo Magalhães, prédio principal da Assembleia Legislativa da Bahia, na tarde deste sábado (28), é só mais um de uma série de incidentes semelhantes nas últimas quatro décadas de história CAB-Centro Administrativo da Bahia. Um levantamento feito pelo BNews em acervos de jornais aponta que o complexo público, inaugurado no primeiro governo de Antônio Carlos Magalhães, em 1972, tem histórico extenso de  ocorrências do tipo.

TRIBUNA DA BAHIA - 1978

Erguido em 1974, o Palácio já foi atingido por chamas três vezes em um mesmo ano: 1978. Na terceira vez, o Plenário foi totalmente destruído. Nessa época, as sessões legislativas passaram a ocorrer, até a conclusão dos reparos, em 1980, no auditório da Secretaria Estadual de Agricultura - também no Centro Administrativo. 

Nos anos de 1984 e 1993 também ocorreram incêndios que destruíram prédios de secretarias e, consequentemente, boa parte dos seus acervos. Em 84, o fogo atingiu a Secretaria de Agricultura. Em 93, a Secretaria de Recursos Hídricos.

A TARDE - 1993

Em janeiro de 1999, um incêndio destruiu as sedes dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios que funcionam no mesmo prédio de três andares. O fogo começou no primeiro andar, onde sete pedreiros trocavam o piso de uma das salas. Um dos trabalhadores teve que ser resgatado do terceiro andar pelos bombeiros. Os três andares foram completamente destruídos. Apenas as instalações do Baneb e a recepção do prédio, no térreo, não foram atingidas.

Já em outubro de 2003, um incêndio destruiu móveis, equipamentos e documentos da Secretaria de Educação. Somente a estrutura do prédio não foi comprometida pelo fogo que durou quase dois dias. As chamas se iniciaram próximo ao gabinete da secretária Anaci Bispo Paim. Ela e cerca de outros 40 funcionários ainda estavam no prédio, mas conseguiram sair pelas escadas. O fogo se alastrou rapidamente por causa da grande quantidade de material de fácil combustão, como divisórias de madeira e papéis.

Mais recentemente, um dos últimos incêndios atingiu a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), em setembro de 2014. O prédio também sedia a da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). O fogo começou no andar térreo do prédio, ao lado da sala dos Conselhos e chegou ao terceiro pavimento em minutos. O problema teria começado em um ar-condicionado. O acervo de documentos das duas pastas fica no subsolo e, por isso, foi salvo.

Incêndio em 2018

O incêndio de grandes proporções que atingiu o terceiro andar do Palácio Luís Eduardo Magalhães foi controlado no final da tarde deste sábado (28). Uma perícia será realizada para apurar o real motivo que ocasionou o fogo - a suspeita recai em um curto circuito - e também para contabilização dos prejuízos causados pelo sinistro, iniciado por volta das 15h.

A fumaça preta que tomou conta do prédio foi vista de longe, de diversos bairros de Salvador e os principais canais de comunicação do legislativo saíra do ar. O terceiro andar estava em obras de melhorias, principalmente no setor de Recursos Humanos. Há também confirmação de que nenhum documento foi perdido e não houve vítimas. 

Classificação Indicativa: Livre

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