Salvador
Publicado em 02/02/2019, às 08h57 Fernanda Chagas
Uma concha 120 metros de largura e 1,80 de altura, feito com todo zelo e carinho, conforme descreve a mãe Jacira, do Terreiro Ilê Axê Jpayê, responsável por todo andamento do tradicional presente da "Rainha do Mar': Iemanjá.
“A escolha é feita mediante o jogo dos búzios. Ela que nos orienta. E esse ano ela pediu uma concha, que foi feita com todo zelo e carinho” elencou, ressaltando que foi feito em 28 dias por um artista plástico baiano, cuja identidade não pode ser revelada.
Ela destacou ainda que o presente de Iemanjá foi feito de material totalmente biodegradável. O presente sai às 17h deste sábado (2).
HISTÓRICO
Segundo historiadores, a festa de Iemanjá começou em 1923. Na época, era chamada de ‘Presente da Mãe d’Água’. A tradição partiu de 25 pescadores que resolveram oferecer presentes para a “Mãe das Águas”, na expectativa de que ela pudesse resolver o problema de escassez de peixes. Após seu crescimento, na década de 1950, foi oficializada como a “Festa de Iemanjá”.
Desde então, todos os anos fiéis pedem à orixá fartura de peixes e mar tranquilo. Dentre as superstições que envolvem as homenagens, está a receptividade dos presentes. Reza a lenda que, caso o presente seja encontrado na beira da praia, é porque a divindade não gostou da oferta.
Se a oferenda desaparecer no mar, é sinal de que o presente foi aceito. Nos últimos anos, são realizadas campanhas de conscientização para que as pessoas adotem presentes sustentáveis, como uma forma também de preservar o meio ambiente. Uma sugestão é oferecer flores 100% naturais.
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