Salvador

De rosas a presentes mais sofisticados; fé e gratidão são o que predominam na Festa de Iemanjá

Vagner Souza/BNews
Não passou despercebida, por exemplo, a boneca com um vestido longo de cor azul, semelhante ao da “rainha do mar” nas mãos de Elisabete Santana  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 02/02/2019, às 11h40   Fernanda Chagas


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Muitos fiéis com rosas e alfazemas nas mãos pelas ruas do Rio Vermelho para reverenciar Iemanjá, orixá considerada "rainha do mar" na tradição do candomblé. Porém, é possível encontrar também, grandes balaios com flores, cestas com diversos itens, como espelhos, batons, sabonetes, pentes e até mesmo bonecas das mais sofisticadas, entre outros. Nesse contexto, a fé e a gratidão são o que predominam, conforme os próprios devotos atestaram ao BNews

Não passou despercebida, por exemplo, a boneca com um vestido longo de cor azul, semelhante ao da “rainha do mar” nas mãos de Elisabete Santana. “Essa boneca representa a minha profunda fé. Prometi que se ela [Iemanjá] realizasse o meu pedido traria uma boneca vestida com sua roupa como presente e hoje estou cumprindo”, expressou Santana, ao revelar que já cumpre a tradição há 12 anos. Ela afirmou ainda ser umbandista, mas que essa é a única festa da religião que frequenta. “Todos os anos ela realiza o meu pedido e a cada ano trago uma oferenda diferente”, complementou. 

Com uma cesta repleta de presentes, que significa “nada menos que agradecimento”, Lídia Garrido descreveu os pertences escolhidos para saudar Iemanjá. “Aqui nesta cesta eu trouxe pente, espelho, anel, pulseira, sabonete, boneca e alfazema. Tudo que ela mais gosta, para satisfazer a sua vaidade e, acima de tudo, agradecer, todas as bênçãos recebidas”, elencou envaidecida pela confecção do balaio. Porém, Garrido fez questão de frisar que tudo é reciclável. A alfazema eu descartarei o frasco e jogarei apenas o perfume, o líquido”, explicou, relembrando a necessidade da consciência ambiental. 


Os devotos costumam deixar os presentes na colônia dos pescadores, para depois serem entregues em alto-mar. Mas há outras duas opções: lançá-los diretamente ao mar ou pegar um barco dos próprios pescadores e depositar as oferendas um pouco distante da praia. 


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