Salvador

Mansão no Alphaville acumula R$ 100 mil de prejuízo após terreno de jogador causar alagamento

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Há, inclusive, um processo na Justiça sobre o caso, mas “a chuva não espera” e os moradores estão revoltados  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/05/2019, às 16h14   Márcia Guimarães



Um prejuízo superior a R$ 100 mil tem tirado do sério os moradores da Mansão Ville Vert, em Alphaville I, na Paralela. Uma obra irregular em um terreno vizinho, que seria de um jogador de futebol, tem causado alagamentos recorrentes no condomínio, danificando elevadores, contaminando caixas d’água e inundando garagens.

“Um terreno ao lado começou uma obra, mas foi interditada pela Codesal em 2015. O dono não tomou providência e, com as fortes chuvas, a água veio para o nosso condomínio, alagou a garagem, contaminou as caixas d’água e a lama caiu dentro dos elevadores. Estamos sendo prejudicados, o prejuízo já ultrapassa R$ 100 mil. Estamos sem água e sem elevador. Está um caos! Chamamos uma empresa para fazer a limpeza da água, outra para drenar os elevadores, contratamos carro-pipa, mas precisamos entrar no terreno para resolver o alagamento”, relatou o síndico do Mansão Ville Vert, Ruivaldo Lobão.

Ele conta que há, inclusive, um processo na Justiça sobre o caso, mas “a chuva não espera” e os moradores estão revoltados. “O dono do terreno jogou terra em cima da rede do prédio e entupiu a canaleta de água fluvial que tínhamos. A Codesal já notificou algumas vezes, mas as chuvas agravam o caos. Precisamos que os órgãos responsáveis façam alguma coisa urgente”, acrescentou.

Segundo os moradores, o terreno pertence ao jogador de futebol Juninho, meia que atuou no Palmeiras, Bahia e Juazeirense. A reportagem entrou em contato com o atleta, mas ele apenas informou que seu advogado está cuidando do caso e que entraria em contato. Contudo, até o fechamento desta matéria, isso não ocorreu.

Já a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur)  avisou que enviará uma equipe de fiscalização para realizar uma vistoria no local e identificar, junto à Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), o proprietário com o objetivo de notificá-lo para zelar pelo imóvel. 

“Caso o responsável não atenda a notificação ele é autuado, o que poderá gerar uma multa que será determinada pela Comissão Julgadora de Autos do órgão. A sanção pode variar de R$ 88,85 a R$ 4.439,49. De acordo com o Código de Polícia Administrativa de Salvador, Lei nº 5503/99 é de dever do proprietário do terreno e do imóvel zelar pela unidade imobiliária, por meio de capinação, varrição, drenagem e, até mesmo, murando ou cercando os imóveis, caso necessário”, destacou o órgão.

Classificação Indicativa: Livre

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