Salvador

“Cabelo é moldura de identidade de pertencimento”, diz organizadora do Movimento do Empoderamento Crespo 

Vagner Souza/ BNews
Movimento busca criar engajamento em questões como genocídio da população negra e racismo  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 30/11/2019, às 15h02   Aline Reis



Presente em outras capitais do país como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju e Florianópolis, o Movimento Empoderamento do Cabelo Crespo (MEC) promove ao longo do ano mais de 200 ações, especialmente em escolas, engajando a população em outras pautas, como genocídio da população negra, racismo e patriarcalismo. Neste sábado (30), acontece em Salvador uma delas: a tradicional Marcha do Empoderamento Crespo, no centro da capital baiana.

Para a organizadora da mobilização, Ivy Guedes, “o 'ciberatisvismo' [ativismo realizado na internet] permite a interação mais calorosa e aproxima fronteiras para a luta de empoderamento da cultura negra”. “Estamos presentes em eventos, fazemos parcerias com outras instituições pelas redes sociais para avançar na repercussão dos ideais da população negra", afirma.

Ivy ressalta que esse engajamento, por meio da formação de grupos ativistas, é importante para reforçar a autoestima da população negra e para ressignificar uma estética, antes não vista como bela. "O cabelo acaba sendo a moldura de uma identidade e pertencimento daquilo que foi dado como feio”, diz.  

A organizadora do MEC também celebra o surgimento da chamada geração “tombamento”: “A geração tombamento reinventa signos e símbolos da negritude através dos dreads, cores, turbantes, debates de valorização como forma de afrontar e quebrar padrões”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp