Transalvador assina contrato de R$ 72 milhões para implantação e manutenção de radares eletrônicos

A Transalvador assinou um novo contrato no valor de R$ 72,7 milhões com a Velsis Sistemas e Tecnologia Viária para o fornecimento e manutenção de radares eletrônicos na cidade. O acordo tem validade de 3 anos e pode ser prorrogado por mais 24 meses.

Procurada pelo BNews, a assessoria do órgão informou que o contrato antigo, selado com a mesma empresa, venceu no dia 2 de junho, e o processo licitatório teve início há cerca de 10 meses. 

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O acordo anterior assinado com a Velsis em 2014 foi de R$ 60,5 milhões e foi prorrogado até o meio deste ano.

O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, explica que o contrato assinado em maio e publicado no Diário Oficial do Município, prevê o pagamento à empresa de acordo com a demanda. Ou seja, nem todos os radares previstos serão instalados e, por isso, não significa que a Prefeitura de Salvador desembolsará R$ 72 milhões.

"A gente pode gasta esse valor ou não. É um contrato por demanda, não estou contratando 200 equipamentos, estou contratando até 200 equipamentos. Quando faz licitação, não faz número exato [...] esse valor total prevê um número maior de equipamentos, mas nem sempre se chega a usar tudo", justifica.

Ele ressalta que não será possível executar o acordo em meio à pandemia de Covid-19, uma vez que o Ibametro, responsável por aferir os equipamentos, está com os serviços suspensos. 

O superintendente reitera, no entanto, a importância da assinatura do contrato para que a capital baiana não corresse o risco de ficar sem o serviço de fiscalização eletrônica em dia, durante a crise do novo coronavírus, que tem acarretado em um aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI.

Os acidentes automobilísticos, de acordo com Fabrizzio, são uns dos grandes responsáveis pelos internamentos em hospitais, principalmente por parte de motociclistas.

Portanto, garantir o funcionamento dos radares eletrônicos, que fiscalizam a velocidade dos motoristas, é fundamental para prevenir acidentes de trânsito e evitar a superlotação dos leitos de terapia intensiva.

"Não vou iniciar contrato em meio a pandemia, preciso assinar o contrato porquê o processo já vinha acontecendo muito antes da pandemia, mas não vou usar absolutamente nada desse novo contrato até que se encerre esse momento. Estamos fazendo uma renovação por excepcionalidade", assegura.

A assessoria informou que não haverá mudança no número de radares na cidade. Fabrizzio, contudo, declarou que pode sim haver um incremento na quantidade de equipamentos, já que recentemente Salvador passou por mudanças nas vias, inclusive com a criação de novos trechos como a Avenida 29 de Março.