Salvador

Proliferação de vegetação na margem da Lagoa do Abaeté é sinal de poluição, diz promotora

André Fofano Gama/ME/Portal da Copa
Plantas se alimentam de coliformes fecais, decorrentes da ausência de esgotamento sanitário adequado no local  |   Bnews - Divulgação André Fofano Gama/ME/Portal da Copa

Publicado em 28/10/2020, às 13h39   Brenda Viana e Luiz Felipe Fernandez


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Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (28), a promotora Ana Luzia Santana, responsável por analisar o relatório do MP-BA sobre a construção da Estação Elevada de Esgoto no Abaeté, declarou que o aumento no aparecimento de plantas nas margens da lagoa é "um indicativo" de que o local está poluído.

Esta sujeira "invisível", como aponta a promotora de Justiça, vem crescendo nos últimos anos devido a falta de um esgotamento adequado no Parque. Ela admitiu a surpresa com a indignação de parte da comunidade, que chegou a protestar contra a obra na área de proteção ambiental.

Segundo a promotora, o problema ainda não havia sido resolvido pois obras de saneamento "não dão votos".

"As obras de saneamento não dão voto. De modo geral, tinha reuniões com prefeitos, eles diziam que essas obras as pessoas não dão o devido valor. A poluição que as pessoas não estão vendo, já está ali há algum tempo. Diante de uma obra que se permite que retire o esgoto, a população está contra? Vivemos um momento surreal, obras de saneameto, precisamos focar nisso", declarou Ana Luzia.

A promotora comparou o caso de poluição das praias na região de Jaguaribe, onde todo ano surgem "linhas negra" que indicam a presença de esogoto, que não teve a mesma atenção da população.

"A população precisa ter todo o esgoto gerado, isso evita doenças, deixa os ambientes mais limpos, praias mais limpas. Aquela linha negra, que vez por outra aparece na praia de Jaguaribe, região, aquilo é esgoto bruto que está na praia. Não houve essa comoção, não passamos seis meses falando nisso", questionou.

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