Após incêndio em ônibus, funcionários da Falcão Real realizam protesto na Rodoviária

Funcionários da empresa de transporte Falcão Real realizam um protesto desde às 7h desta quarta-feira (27), em frente a rodoviária de Salvador, no bairro de Pernambués. Eles usaram objetivos para impedir a saída de ônibus do local. Os trabalhadores pedem que a empresa deposite os salários e FGTS atrasados, já que estão sem trabalhar desde março de 2020.

De acordo com um dos funcionários que deu entrevista à Record TV Itapoan, a empresa não deu baixa na carteira e isso impede que tanto ele, quanto o restante dos colegas de trabalho, possam procurar outro emprego. “Isso está acontecendo aqui na capital e no interior”, comentou. “Se não fosse o governo [auxílio emergencial], estávamos passando fome. Pedimos uma ajuda”. O manifestante disse, também, que o plano de saúde foi suspenso em abril, no meio da pandemia e afirma que só irão sair quando algum representante da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba)  for ao local para resolver o problema de todos os trabalhadores. 

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Vale lembrar que a Falcão Real tem histórico de ônibus incendiados pela Bahia. No último dia 23 (sábado), 12 veículos foram destruídos em uma garagem que fica atrás da rodoviária, em Salvador. Até o momento, não se sabe como iniciou o incêndio.

Em setembro de 2019, um ônibus da empresa pegou fogo na BR-407, zona rural de Juazeiro, norte da Bahia. Um mês depois, em outubro, 22 veículos foram destruídos em um incêndio considerado criminoso em Jacobina, Centro-Norte do Estado, e um outro ônibus pegou fogo 15 dias antes, em Miguel Calmon, próximo a Jacobina.

Em 2020, outro ônibus também pegou fogo. Passageiros sentiram o cheiro da fumaça quando estavam saindo de Jacobina indo em direção à Miguel Calmon. Ninguém ficou ferido.

Trajetória marcada por incêndios: Desde 2019 a Falcão Real já perdeu 37 ônibus para o fogo