Salvador

Prefeitura investirá mais de R$ 48 mi em ações preventivas durante as chuvas

Betto Junior / Secom
Bnews - Divulgação Betto Junior / Secom

Publicado em 15/03/2021, às 12h56   Redação BNews



O prefeito de Salvador, Bruno Reis, assinou nesta segunda-feira (15) o decreto que institui a Operação Chuva 2021, em solenidade simbólica na sede da Defesa Civil de Salvador (Codesal), na Avenida Bonocô. 

Também estiveram presentes o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, e demais gestores dos órgãos municipais ligados ao Sistema Municipal de Defesa Civil (SMDC). 

Bruno Reis explicou que as iniciativas previstas na operação são contínuas, mas, nesses quatro meses, a Prefeitura reforçará as atenções sobretudo nas áreas de risco. O investimento total este ano é da ordem de R$ 48,4 milhões. 

Na prática, a Operação Chuva é dividida em duas etapas, sendo uma delas preparatória – que ocorre durante todo o ano e corresponde à intensificação das ações preventivas. A outra etapa é de alerta, realizada nos meses de abril a junho com medidas de monitoramento e resposta às situações de risco ou desastre. 

“Aqui em Salvador estabelecemos como prioridade, desde a nossa chegada a gestão, a contenção de áreas de risco. Enfrentar fenômenos meteorológicos não é fácil. A cidade está muito mais preparada para as chuvas que nos anos anteriores, mas ninguém está imune a muita chuva em pouco tempo, isso em qualquer lugar do mundo, por mais desenvolvido que seja”, destacou. 

Ele explicou que as ações preparatórias envolvem uma série de medidas, sendo uma delas obras de contenção de encostas. Há oito intervenções deste tipo em andamento e três a iniciar que, quando forem concluídas, beneficiarão centenas de famílias que residem próximo aos taludes. Nos últimos anos, a capital baiana ganhou 102 contenções definitivas de cortina atirantada ou solo grampeado. 

Há também outra iniciativa em curso para evitar deslizamentos de terra: a aplicação de geomantas. A cidade já conta com 205 proteções desse tipo, sendo que outras quatro estão em execução.  

“São quase R$160 milhões investidos em 322 localidades que agora estão protegidas. Ou seja, com base no último censo do IBGE, que aponta 1.040 áreas de risco em Salvador, a Prefeitura resolveu um terço do problema. Isso tudo tem trazido segurança maior às famílias e fez com que reduzíssemos o número de desastres”, salientou o prefeito. 

Como parte da etapa de Alerta da Operação Chuva 2021, a Codesal já está cadastrando gratuitamente qualquer cidadão que deseja receber informações e avisos meteorológicos. Para isso, basta enviar SMS para o número 40199, informando apenas o CEP.  

Em parceria com o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec), a administração municipal instalará, ainda neste ano, 15 Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicos (PCD Geotécnica), compostas por pluviômetros e sensor de umidade. Com isso, será possível ter maior precisão na emissão de alertas de risco de deslizamentos e antecipação das ações de prevenção dos impactos socioambientais.  

Além disso, 3 mil árvores serão plantadas para ajudar na contenção e paisagismo de 40 áreas. Também está prevista a realização de 24 simulados de evacuação, com acionamento do Sistema de Alerta e Alarme. Conforme o cronograma estabelecido, essas ações ocorrerão das comunidades Moscou (27/3), Baixa do Cacau (10/4), Bosque Real/Calabetão (17/4), Vila Picasso/Voluntários da Pátria (8/5) e Bom Juá/Mamede (15/5). 

Além da Codesal, os órgãos municipais envolvidos na Operação Chuva 2021 são a Companhia do Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), Guarda Civil Municipal (GCM), Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), e secretarias Geral de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, Desenvolvimento Urbano (Sedur), Manutenção da Cidade (Seman), além de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre). 

Na ocasião, Bruno Reis esclareceu que há 138 áreas da cidade mapeadas com identificação dos riscos de deslizamento e/ou alagamento, que prática são locais que carecem de obras de urbanização de canais e contenções. “Nossas equipes estão em campo elaborando projeto e orçamento para que possamos seguir investimento na proteção das áreas de risco. A prioridade é proteger encostas e conter alagamentos formados dentro das casas das pessoas que vivem perto de córregos e canais”, explicou.

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