Evasão de passageiros de ônibus pode colapsar sistema de ônibus de Salvador

Desde 2016, as concessionárias de ônibus urbanos que circulam em Salvador apontam prejuízos milionários, o que motivou uma ação na 4ª Vara da Fazenda Pública, em 2018, solicitando a devolução do serviço à prefeitura da capital baiana. Com a pandemia, a situação se agravou ainda mais, o que pode gerar um colapso no sistema.

Com as várias suspensões das atividades econômicas, home office e isolamento social, o número de usuários de ônibus caiu ainda mais e os empresários afirmam que não existe mais recursos para manter em dia as obrigações financeiras.

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Em 2014, a Prefeitura fez uma licitação que previa 28 milhões de passageiros/mês, mas o número não chega a 11 milhões atualmente, de acordo com os empresários.

Dentre os maiores custos do sistema, as empresas afirmam que 55% é com a mão de obra e 25% com combustível e não existe subsídio por parte da prefeitura como acontece em capitais. Toda a arrecadação do sistema é oriunda da tarifa paga.

Em junho do ano passado, a prefeitura decretou intervenção na concessionária CSN, como o objetivo de preservar 4.000 empregos e garantir a manutenção do transporte coletivo, serviço essencial à população. A empresa, que tem cerca de 700 ônibus, opera 100% na Estação Mussurunga e na orla de capital baiana.

Em nota na época, os empresários da CSN culparam a caducidade do contrato.

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