Política

Empresários da CSN afirmam que intervenção foi culpa da omissão da prefeitura e criticam Bruno Reis e sindicato

Manu Dias/GOVBA
Eles defendem que o ato de intervenção deflagrado pela prefeitura foi ilegal e ajuizaram uma ação na justiça contra o município  |   Bnews - Divulgação Manu Dias/GOVBA

Publicado em 28/03/2021, às 09h00   Raul Aguilar


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Os empresários do Consórcio Salvador Norte enviaram uma nota à imprensa criticando culpando a Prefeitura Municipal de Salvador pela caducidade do contrato, ocorrida no último sábado (27).   

"O CSN é formada por empresas que atuam com sucesso há mais de 60 anos no transporte público de Salvador. A decretação da caducidade do contrato é resultado do desastre que foi a reestruturação promovida no sistema de ônibus da nossa capital. A omissão do poder concedente em cumprir a sua parte no contrato de concessão, por mais de 6 anos consecutivos, levou ao exaurimento financeiro da CSN, o que é a origem dos problemas apontados", destacou os responsáveis pelo consórcio na nota repassada aos meios de comunicação. 

O Consórcio é responsável por mais de 60 linhas que transportam passageiros entre a estação Mussurunga e a estação da Lapa, passando pela orla de Salvador. Ele também é responsável por parte da alimentação da linha 2 do metrô. A nota trata da negociação no período de intervenção, que durou quase seis meses. Os empresários alegam que o município fez uma proposta injusta, em uma nova tentativa de esquivar-se das responsabilidades.

Eles defendem que o ato de intervenção deflagrado pela prefeitura foi ilegal e ajuizaram uma ação na justiça contra o município. Na proposta apresentada pela prefeitura de Salvador, para obter um suporte financeiro da qual a empresa tinha direito, cerca de R$ 35 milhões, por conta dos impactos financeiros provocados pela pandemia do novo coronavírus, o consórcio teria que abrir mão do processo contra o município. 

"A CSN tentou, até o último momento, o diálogo propositivo com o Poder Concedente, que fechou as portas para uma solução justa e consensual. A solução proposta pela prefeitura foi uma tentativa de, novamente, se esquivar das suas responsabilidades relativas ao período anterior e durante a intervenção, ao requerer a desistência das ações ajuizadas pela CSN, onde serão comprovadas todas as irregularidades e irresponsabilidades da Prefeitura na condução do contrato, daquele que foi reconhecido pelo próprio Prefeito como o pior sistema de transportes do país. A justiça vai cobrar da Prefeitura as suas responsabilidades", destacou os empresários. 

Os responsáveis pelo CSN terminam o texto criticando o prefeito Bruno Reis (DEM), que classificam como arrogante, e o Sindicatos dos Rodoviários da Bahia, que, segundo os empresários do transporte público, tiveram uma postura subserviente: "A história vai cobrar do Prefeito pela arrogância e incompetência e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores pela postura subserviente ao Poder em desprezo ao interesse dos trabalhadores".

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