Salvador

“Estamos enfrentando um inverno bem rigoroso”, afirma diretor da Codesal sobre chuvas em Salvador

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O BNews esteve no Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil para uma conversa com o diretor geral Sosthenes Macedo   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 08/08/2021, às 13h02   Samuel Barbosa


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As fortes chuvas que atingiram Salvador durante o último sábado (7) causaram alagamentos em vários locais da capital e preocupou muita gente que mora em áreas consideradas de risco. De acordo com o boletim da Defesa Civil (Codesal), entre as principais ocorrências registradas estão ameaça de desabamento, ameaça de queda de árvore, infiltração e deslizamento de terra. 

Na manhã deste domingo (8) o BNews esteve no Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil para uma conversa com o diretor geral Sosthenes Macedo.  Segundo ele, a cidade está enfrentando um inverno bem rigoroso. 

“Passamos por um período de chuvas que são típicas aqui em Salvador no período do outono. Os meses de abril, maio e junho são notadamente os meses mais chuvosos na capital baiana, historicamente falando, tivemos um abril muito chuvoso, o maio veio diferente, que menos choveu nos últimos 29 anos, o que deu uma certa tranquilidade nessa operação, mas aí junho veio com muito vigor, julho também e agosto não está se mostrando diferente”, disse.

De acordo com Sosthenes, mesmo ainda no oitavo dia, alguns bairros de Salvador já ganharam um quantitativo de chuvas que era previsto para o mês todo. “Algumas localidades como Matatu já bateu a quantidade de chuvas que seria pra todo mês, mesmo a gente não chegando nem na metade do mês. Isso tudo reforça que a política implementada pelo então prefeito ACM Neto de precaução e prevenção relacionada as chuvas vem dando certo, dado continuidade pelo prefeito Bruno Reis”.

Ações de prevenção

O diretor geral da Codesal destaca o fato da capital não ter registrado nenhum óbito em 2021 por tragédias relacionadas com chuvas. “As ações de prevenção vem dando resultado positivo. Já foram executadas pela Secretaria de Infraestrutura, através da Sucop, mais de 100 contenções de encostas, o que é algo extremamente relevante para uma cidade com a topografia muito complexa, com um nível de ocupações irregulares violentíssimos, e também pela aplicação da geomantas das quais já ultrapassamos mais de duas centenas aplicadas de 2016 pra cá”, disse.

Entre os bairros que demandam mais atenção da Codesal e que contam como o sistema de alerta e alarme são: Alto da Terezinha, comunidade Mamede, Calabetão, Vila Picasso/São Caetano, Baixa do Fiscal, Voluntários da Pátria, Moscou/Castelo Branco, Baixa do Cacau, Baixa de Santa Rita/São Marcos e Bosque Real/Sete de Abril. Essas localidades passam pela vistoria do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC). “Fazemos análise do antes, durante e depois da chuva pra saber se houve alguma mudança naquele cenário”, explica.

Na visão de Sosthenes só é possível obter êxito nas operações por conta da presença efetiva de órgãos e empresas como Coelba, Embasa, Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, Sedur, Limpurb, Sempre, as Prefeituras-Bairro, e Segov.

Centro de Monitoramento

O Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Salvador (CEMADEC) funciona na sede da Codesal em regime de plantão 24 horas por dia, com uma equipe multidisciplinar. Os técnicos atuam no monitoramento dos principais sistemas meteorológicos que causam chuvas, utilizando as imagens de radar e satélite. 

Mas de acordo com Sosthenes, é importante que a população fique atenta às situações de risco causadas pelo mau tempo, além de praticar algumas ações preventivas. “Ficar atento aos sinais, fissuras nas residências, rachaduras, escorregamento de terra, inclinação de vegetal. Esses cenários quando  se apresentam de forma mais vivas é importante se afastar do risco, ir pra casa do parente e imediatamente ligar para o 199 pedindo para que um profissional da Codesal vá ao local pra fazer uma análise mais criteriosa e apontar quais os desdobramentos”, orienta.


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