Salvador

Empresários do entretenimento comentam impasse sobre realização do carnaval: “Será uma lástima não ter”

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No estado de São Paulo, ao menos 43 cidades do interior não terão Carnaval de rua em 2022   |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 23/11/2021, às 19h43   Rafael Albuquerque


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A pandemia do novo coronavírus foi responsável pelo cancelamento do Carnaval por um ano e do São João por dois anos. Com os setores de cultura e entretenimento parados há quase dois anos, os profissionais estão passando cada vez mais por necessidades. E nem a vacinação em massa e a diminuição no número de casos confirmados e mortes pela Covid-19 trouxeram boas perspectivas. Isso porque a realização do Carnaval de 2022 segue incerta em diversas cidades do Brasil.

No estado de São Paulo, ao menos 43 cidades do interior não terão Carnaval de rua em 2022. O temor é que o evento, sinônimo de aglomeração, favoreça a propagação de Covid. Entre os municípios que cancelaram o evento estão Mogi das Cruzes, Ubatuba e Taubaté.

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O Carnaval de rua de 2022 na capital paulista ainda depende das aprovações dos órgãos de Saúde que avaliam o cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19. A prefeitura recebeu 867 inscrições de desfiles de blocos de rua – os cortejos serão entre os dias 19 de fevereiro e 6 de março.

Em Franca, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) anunciou nesta segunda-feira (22) que não haverá eventos promovidos pela prefeitura no Carnaval do ano que vem. Ele alegou que o trânsito de pessoas de outros municípios para a cidade é uma preocupação, mesmo com a maior parte da população já tendo recebido duas doses da vacina contra a Covid-19.

O cenário de SP repercutiu na Bahia. Procurados pelo BNews, empresários do ramo do entretenimento se manifestaram sobre os cancelamentos. 

O empresário Ricardo Cal, sócio da Oquei Entretenimento, umas das principais produtoras de eventos de Salvador, lamentou a notícia: "O Carnaval tem uma importância enorme para o Brasil e em particular para a Bahia. Não somente para sua economia, mas para sua identidade. Somos conhecidos no mundo pela alegria e por nossa música, essencialmente carnavalesca. Vejo com tristeza esse cancelamento do Carnaval nas cidades de São Paulo, mas continuo confiante de que em nossa cidade será diferente".

Segundo Cal, "já vivemos uma normalidade, onde os números estão controlados". O empresário vai além e afirma que confia que o poder público vai tomar a decisão acertada: "Será uma lástima para Salvador não ter o seu Carnaval mais um ano. Porém acredito na sensibilidade do poder público em fazer o que for melhor para a cidade e seu povo".

Manno Góes, cantor e compositor, ponderou que eventos pontuais devem servir de teste antes da definição do Carnaval nos moldes tradicionais: “Infelizmente, sem a segurança proporcionada pela vacinação, falar de carnaval nos moldes que conhecemos, com aglomeração e multidão é utopia. Talvez seja necessário fazermos mais um pouco de sacrifício, fazendo festas pontuais, como shows e apresentações menores, para que possamos, em breve, termos a possibilidade de realizarmos um carnaval como todos queremos ter”.

O presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos na Bahia (Abrape) e sócio da Salvador Produções, Marcelo Britto, disse que a categoria aguarda uma reunião com o governador do Estado, Rui Costa, mas espera que tudo aconteça dentro da normalidade. 

“Lamentável, a gente tinha expectativas boas de que aqui haja outro tipo de entendimento, até porque o plano de vacinação está muito avançado, estamos aguardando mais uma vez um encontro com o governador para ter a decisão final. A gente tem aí um otimismo e uma expectativa de que aqui ocorra tudo dentro da normalidade”

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