Água de chuva invade creche no Parque São Cristóvão; veja fotos

As consequências das chuvas continuam interferindo nas vidas dos soteropolitanos principalmente para quem mora no Parque São Cristóvão, que teve diversas ruas alagadas em razão da água da chuva. Ao BNews, a diretora da creche escola Filhos da Comunidade, Gilmara Souza, contou os desafios que precisou enfrentar na manhã desta quinta-feira (21), quando viu a instituição de ensino tomada por água.

“Trabalho há mais de 10 anos aqui e sempre alaga quando chove. Já procuramos a prefeitura, mas não resolve”, desabafou Gilmara.

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A creche, que fica localizada na Rua Santa Rita da Ceasa, recebe crianças de 1 a 6 anos que acabam sofrendo as consequências desse problema, já que as aulas são interrompidas em períodos de chuva. Amanhã, na sexta-feira (22), a aula já está suspensa.

Veja foto:

Na casa da diretora da creche também não é diferente. Segundo a moradora do Parque São Cristóvão, os dias chuvosos significam dias sem dormir em decorrência do medo de ser surpreendida com a destruição causada pela chuva.

“Hoje mesmo deu para dar suspendida, perdi armário, entrou água do esgoto pela frente tudo. É horrível, a gente não pode dormir direito, é um olho aberto e outro fechado”, concluiu a educadora que mora com o marido e o filho de 11 anos.

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Procurada, a Secretaria de Manutenção de Salvador (Seman) informou que o alagamento é em razão da influência de um canal próximo, que canal próximo ao local.

Confira a nota na íntegra: 

A Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN) informa que a Rua Norte 2, localizada no Parque São Cristóvão, sofre influência de um canal próximo, que está transbordando por causa do acúmulo de fortes chuvas em um espaço curto de tempo - segundo a Codesal choveu 180 mm no local nos 3 últimos dias. Salientamos também a ocorrência de domicilios construídos às margens da área de influência das cheias do referido rio. Ressaltamos ainda que no Jardim das Margaridas, em frente ao aeroporto, a região sofre com o transbordamento do Rio Ipitanga, onde o Governo do Estado realiza obras nas bacias de retenção para equacionar o problema.

Ocorre, também, que devido o rompimento do cabo de uma das quatro comportas da barragem de Joanes II, localizada entre os municípios de Dias Dávila, Camaçari e Simões Filho, o nível de água na barragem subiu, afetando os rios localizados nos municípios de Simões Filho, Camaçari e Lauro de Freitas. Em decorrência das chuvas na madrugada entre os dias 20 e 21/4, os níveis da barragem se elevaram para a cota de “alerta”. O reparo no cabo já foi resolvido e os níveis da barragem já estão baixando, devendo atingir valores normais dentro das próximas horas.

Já a situação na Travessa Acalanto é de responsabilidade da Concessionária Bahia Norte e a referida concessionária já executa obras no local. A SEMAN mantém as ações emergenciais de microdrenagem na localidade para atenuar a ocorrência de alagamentos.

Concluindo, desde 2015 até 2022, o mês de abril deste ano apresenta a segunda maior marca de precipitação de chuvas (353.2 mm - de 1 a 21/4), perdendo apenas para 2020, que apresentou um índice de 545.5 (em 30 dias).

A Gerência de Mananciais e Segurança de Barragens (TSAB) – EMBASA informou que o cabo de uma das quatro comportas da barragem de Joanes II, localizada entre os municípios de Dias Dávila, Camaçari e Simões Filho, se rompeu. “Em decorrência das chuvas na madrugada entre os dias 20 e 21 os níveis da barragem se elevaram para a cota de “alerta”. Estamos notificando os órgãos responsáveis pela garantia da segurança da população à jusante da estrutura e estamos com equipe técnica especializada no local para remediar a situação da comporta inoperante e monitorar a evolução da situação. Caso a situação evolua para condição de “emergência” voltaremos a entrar em contato”, afirmou em nota.

“Em atualização à informação originalmente encaminhada esclarecemos que a manutenção da comporta foi concluída e a mesma já se encontra em operação. Os níveis da barragem já estão baixando, devendo atingir valores normais dentro das próximas horas”.