Salvador

Em meio a polêmica, baiana do 'acarajé rosa' diz que é alvo de ameaças nas redes sociais; Entenda

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A venda do bolinho na cor rosa encerra junto a estreia do filme da Barbie, nesta quinta-feira (20)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais

Publicado em 19/07/2023, às 23h34   LINDAURA BERLINK


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Em meio a polêmica do "acarajé rosa", a baiana Adriana Ferreira, conhecida como Drica, diz que está sendo alvo de ameaças nas redes sociais desde o lançamento do novo bolinho, que aconteceu na última segunda-feira (17).

Em entrevista ao BNews, a empreendora relatou que chegou a pensar em suspender as vendas do "acarajé rosa" com medo dos ataques que tem recebido. 

"Eu pensei em parar de vender o acarajé no dia seguinte que a gente [a empresa] lançou... Eu recebi e ainda recebo muitas mensagens de ameaças e ataques no instagram... gente me desejando as piores coisas... tenho medo porque não estamos no coração de ninguém", relatou.

A vendedora, que encerra as vendas do quitute rosa nesta quinta-feira (20), mesma data em que estreia o novo filme da Barbie, falou ainda que os elogios foram cruciais para que a a ação continuasse.

"o carinho, alegria e o apoio que eu recebi dos clientes, do público e também dos outros comerciantes foram maiores. O apoio à minha criatividade sobressaíram as ameaças....então eu continuei a fazer e a vender... eu não quis ofender ninguém, quis fazer uma homenagem", explicou a empreendedora.

Drica vende acarajé e abará há 15 anos no subúrbio de Salvador e contou ao BNews que essa é a segunda vez em que uma inovação na sua empresa vira alvo de polêmica. A primeira vez, segundo ela, foi quando trouxe o modelo de barca de sushi para ser servido no acarajé, em 2017.

Após o lançamento do "Acarajé da Barbie", a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM), Rita dos Santos, considerou o confecção um desrespeito a tradição das baianas e cultura do povo negro. A baiana disse durante algumas entrevistas a veículos de comunicação que "É uma brincadeira de mau gosto que não deveria ter sido feita".

O antropólogo Vilson Caetano também é contra a invenção e afirmou que não se brinca com simbólos de indentidade. "O acarajé é um dos símbolos indentitários da comunidade mais negra fora do continente africano".
Ao ser questionada sobre o que achou dos posicionamentos contrários as vendas do acarajé na cor rosa, a vendedora disse que foram palavras exageradas, mas se desculpa pelo mal entendido.
"Como eu disse, foi uma homenagem a estreia do filme. Então eu peço desculpas a todas as baianas que eu constrangi ou deixei triste. Eu gosto de chamar a atenção do cliente e o comércio precisa seguir as tendências..com os bolinhos rosas, as vendas elavancaram bastante... muitos veem pela curisiodade, mas amanhã já acaba....Acalmem o coração!", declarou a comerciante. 

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