Salvador

Religiosos da Igreja do Bonfim entregam ações ilícitas de padre e aciona a Justiça; saiba mais

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Duelos entre padre e Irmandade de Devoção do Senhor do Bonfim têm sido constantes  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 29/09/2023, às 20h39 - Atualizado às 20h39   Redação BNews


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A rivalidade entre a Irmandade de Devoção do Senhor do Bonfim e o padre Edson Menezes ganhou caráter explícito. Isso porque novas acusações chegaram até a Justiça. Devido ao pedido de intervenção da Basílica, por meio da Arquidiocese de Salvador, integrantes do coletivo estão insatisfeitos com a administração do espaço.

Atuante no local há 16 anos, o padre Edson Menezes entrou no radar do agrupamento, após o entendimento por parte do coletivo de que a legislação que está presente nas relações da Igreja envolve o direito privado, e não o canônico, uma vez que o espaço seria de propriedade da Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim.

Após solicitar questionamentos básicos sobre os gastos feitos por Edson, o grupo decidiu fazer a intervenção. Entre as acusações estão a ausência de explicação para transferências bancárias do caixa da Irmandade, de modo a passar pela arrecadação do local, onde chegou a disponibilizar espaços vinculados à Igreja com taxa zero de cobrança.

A arrecadação do espaço, cujo qual eles acusam que os caixas arrecadam, pelo menos, cerca de R$ 650 mil por mês das coletas das sextas-feiras - além de 50% dos cofres laterais de doações, no entanto sem entregarem as devidas explicações sobre os gastos realizados com os montantes. 

O projeto atende a uma obra social e de misericórdia da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim, responsável por realizar a distribuição de cestas básicas e pequenas ajudas para atender várias necessidades da região. 

Os voluntários da Basílica Santuário da Igreja do Bonfim denunciaram que o reitor do templo, padre Edson Menezes, teria sido perseguido por alguns membros da irmandade da igreja. A denúncia ocorreu após a Irmandade da Basílica do Senhor do Bonfim lançar, em maio, um edital onde pedia reunião emergencial, para limitar várias ações administrativas, sociais e religiosas do padre. 

Em nota, a Arquidiocese de Salvador negou as acusações de perseguição ao sacerdote. 

“Em momento algum existiu ou existe perseguição ou competição, e muito menos a despropositada alegação de ameaça por parte do Juiz Jorge Nunes Contreiras ou de qualquer outro irmão mesário em relação ao padre Edson Menezes, até porque, não há motivos para tal conduta”, informou a organização.

No âmbito das acusações de proibição e limitação das ações do padre na igreja, a irmandade disse que se trata de novas medidas do regimento interno.

“O fato é que a nova gestão, primando por adotar as melhores práticas de governança, está empenhada no escorreito cumprimento das disposições estatutárias e do Regimento Interno da Irmandade, cabendo ao Juiz a obrigação de atender ao requerimento para convocação de Reunião Extraordinária, na forma solicitada”, disse.

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