Salvador

Trabalhadores denunciam shopping por impedir atuação de ambulantes no entorno do local

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Pessoas supostamente ligadas à administração do centro comercial têm solicitado que eles deixem a região  |   Bnews - Divulgação Reprodução | BNews
Bernardo Rego e Alex Torres

por Bernardo Rego e Alex Torres

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Publicado em 28/03/2024, às 16h18 - Atualizado às 17h16


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Comerciantes que atuam nas imediações do Shopping Sumaré têm vivido a incerteza de saber se poderão trabalhar no dia seguinte. Pessoas supostamente ligadas à administração do centro comercial têm solicitado que eles deixem a região onde estão alocados há vários anos.

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Em entrevista ao BNews, um vendedor de quentinha, identificado como Nelson Barreira, explicou que homens, identificados como advogados do shopping, estiveram no local e disseram que eles só poderiam permanecer até a próxima segunda-feira (01). A medida também atinge outros comerciantes e guardadores de carro.  

"Chegaram quatro homens, que se disseram advogados, e disseram que a partir de segunda-feira está todo mundo fora. Eles não apresentaram nada que comprovem que são donos da área. Trabalhamos com alimentos perecíveis e temos estoque, não dá para sair de uma hora para outra. Precisa ser comprovado diante da prefeitura. Aqui funcionava como Zona Azul até pouco tempo", explicou Nelson.

Guardadora de carros há mais de 20 anos, Jocelia Capistano é mais uma que pode perder o seu ponto de trabalho. À reportagem, ela explicou que a solicitação para que eles deixem o local já tem algum tempo e, inclusive, uma taxa chegou a ser cobrada para que eles pudessem atuar na região.  

"Tenho mais de 25 anos trabalhando no estacionamento do Shoppping Sumaré [...] Quando foi agora, a menos de dois anos, apareceu dois cidadãos se dizendo advogados do shopping e que era para saírmos. Eles fizeram a gente pagar uma taxa diária de R$ 72, que dá quase R$ 2 mil no mês. Quando tinha algum problema no estacionamento, que o usuário ia na administração perguntar, eles diziam que não tinham nada a ver. A gente ainda tinha que arcar com o dano do cliente", pontuou.  

O vendedor de lanches, Elmo de Jesus, é mais um prejudicado pela situação. Ao BNews, ele reforçou que os pedidos já não são de hoje e, durante esse período, o valor pago pelos trabalhadores ainda chegou a aumentar. 

"Eles precisam conversas com os comerciantes para a gente se preparar. Tentaram tirar a gente por volta dessa mesma data no ano passado e aumentaram o valor da taxa, porque a gente paga para estarmos aqui", afirmou Elmo. 

A reportagem do BNews tentou contato com o Shopping Sumaré, a fim de obter maiores esclarescimentos sobre a situação, mas, até o momento, não conseguiu contato. 

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