Salvador

VÍDEO: Motorista por aplicativo relata descaso ao identificar erro em teste do bafômetro

Imagem VÍDEO: Motorista por aplicativo relata descaso ao identificar erro em teste do bafômetro
Motorista por aplicativo diz que teste deu positivo sem ele ter bebido álcool  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/09/2023, às 07h14 - Atualizado às 15h28   Filipe Ribeiro


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Um motorista por aplicativo divulgou nas redes sociais um episódio que ocorreu com ele durante uma blitz no bairro do Rio Vermelho. Segundo o homem, conhecido como "Atan Uber", o etilômetro - aparelho usado para identificar bebida alcoólica no corpo do condutor - estava com problema e ao questionar o agente de trânsito foi ignorado. (Veja o vídeo abaixo).

Atan relata que o primeiro teste deu positivo, quando ele questionou o fato de não ingerir bebida alcoolica. "Passando pela blitz da lei no Rio Vermelho, ao soprar o bafômetro deu que eu tinha bebido e o agente já estava pedindo para eu encostar o carro. Depois que falei pra ele que nunca bebi, o aparelho dele estava errado e que eu estava com a câmera no meu carro, o mesmo solicitou que eu descesse do carro e me pediu para soprar novamente o bafômetro", escreveu nas redes sociais.

O motorista por aplicativo, que também cria conteúdos para a internet, disse que em uma nova tentativa o teste deu negativo. Questionando o fato ao agente, Atan diz que foi ignorado. "Ao soprar o aparelho deu negativo (que eu não bebi)! Pedi uma justificativa para o agente do por que deu errado e o mesmo me ignorou e não me respondeu", contou.

Atan ainda relatou sua indignação com o fato. "A minha indignação é que ele não me deu uma justificativa pelo ocorrido e só fez me encarar com jeito de quem não estava nem aí, ou até mesmo de deboche e logo em seguida me fez de cachorro e não me respondeu", pontuou.

Ao BNews, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) defendeu os agentes, declarando que eles agiram corretamente e garantindo que o etilômetro não estava com defeito.

"É comum, em qualquer blitz de alcoolemia, o reteste em caso de detecção de partículas de álcool no ar no primeiro teste. Esse refazimento é uma forma de garantir ao condutor um resultado assertivo e evitar possíveis equívocos de eventuais sanções. No caso do vídeo em questão, os agentes agiram corretamente propondo uma nova avaliação. Não houve problema no instrumento", declarou a Transalvador em nota.

"O equipamento que aparece no vídeo no primeiro teste é do tipo passivo. Ele é sensível a qualquer partícula de álcool no ar, por isso que a primeira testagem deve ter detectado essa substância no entorno. Como o condutor é motorista de app, pode ser que ele tenha transportado passageiros que tenham ingerido bebida alcoólica e, com isso, partículas ainda permaneciam no ar", explica.

Confira a nota na íntegra:

"A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) esclarece que é procedimento comum e totalmente legal em qualquer blitz de alcoolemia o reteste em caso de detecção de partículas de álcool no ar no primeiro teste. Esse refazimento é uma forma de garantir ao condutor um resultado assertivo e evitar possíveis equívocos de eventuais sanções. No caso do vídeo em questão, os agentes agiram corretamente propondo uma nova avaliação. Não houve problema no instrumento.

Ao longo do tempo, foram obtidos pela Transalvador os seguintes modelos de equipamentos de etilômetros: Intoximeteres/ Alco Sensor VXL e Alco Sensor IV, fornecidos pela empresa a FBG - GERA e Cia Ltda , modelo Alcolizer LE 5, fornecido pela AGS Comércio e Serviços Ltda. Os bafômetros do tipo passivo são fornecidos pelas empresas Health&Safety Distribuição Importação e Exportação de Instrumentos, e FORMIS. Vale ressaltar que os equipamentos das empresas AGS foram doados à Transalvador pelo Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba), e os modelos das empresas FBG e Healthy foram doados ao órgão de trânsito pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, entidade parceira da autarquia municipal, através da Associação Internacional de Chefes de Polícia (IACP).

Todos os instrumentos usados pelos agentes nas blitze da Operação Respeite a Vida são certificados por órgãos independentes, como o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Agentes utilizam dois modelos: o ativo, no qual o condutor coloca a boca num bocal descartável e assopra, e o passivo, que permite a detecção de álcool apenas a partir do sopro sem precisar ter contato com o equipamento. Ambos apresentam a mesma efetividade. Ao ser abordado, o condutor passa pelo teste no etilômetro passivo, caso seja detectado índice de álcool, ele é orientado a sair do veículo, porque envolta podem haver partículas de álcool, e refazer o teste em local mais afastado, desta vez usando outro equipamento, o ativo.

O equipamento que aparece no vídeo no primeiro teste é do tipo passivo. Ele é sensível a qualquer partícula de álcool no ar, por isso que a primeira testagem deve ter detectado essa substância no entorno. Como o condutor é motorista de app, pode ser que ele tenha transportado passageiros que tenham ingerido bebida alcoólica e, com isso, partículas ainda permaneciam no ar."

Veja o vídeo:

Classificação Indicativa: Livre

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