Vítimas de naufrágio respondem comentários maldosos sobre uso de celular no mar; entenda

O grupo que sobreviveu a um naufrágio no final da tarde deste sábado (03), na Baía de Todos-os-Santos, passa bem. Mas com a repercussão do caso nas redes sociais, eles acabaram se tornando alvo de comentários maldosos, relacionados ao celular que usavam mesmo após estarem à deriva.

Comentários como: “O celular não larga”; “O cara está se f*dendo no mar e outro na selfie ou soltando vídeo no insta”; “Engraçado. Todo mundo com o celular gravando, oxe, ligava para o resgate logo”, são algumas das opiniões que podem ser vistas nas redes sociais.

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Em um desses posts, Fernanda Gusmão, uma das vítimas, resolveu se defender: “O celular, para quem está falando, foi o meio que conseguimos mandar localização e pedir ajuda. Só temos a agradecer a Deus agora”. Na página do BNews, Bruna Gusmão também comentou: “Pois é, só consegui socorro por conta do celular”.

Naufrágio

Quatro pessoas e um cachorro ficaram à deriva, após perder a embarcação em um naufrágio na Baía de Todos-os-Santos. Vídeos circulam na internet mostrando desde o momento que estavam em mar-aberto, até quando foram resgatados. 

Salvos e tranquilos, homens e mulheres usavam coletes salva-vidas e realizavam chamadas e vídeo chamadas para pedir ajuda.  Em nota enviada ao BNews, a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), informou que tomou conhecimento, por volta das 17h, do naufrágio da embarcação "Pardal II", classificada para atividade de esporte e recreio.

Uma equipe de Inspeção Naval foi enviada ao local para apurar as informações e prestar o apoio necessário. "Paralelamente, foi acionado o plano de apoio mútuo, com o objetivo de alertar as embarcações que navegavam próximo ao ocorrido, e assim, prestar o socorro de modo mais célere".

De acordo com a Capitania, os ocupantes foram localizados e resgatados, em boas condições de saúde, pela embarcação "Seu Joel". Em seguida, foram transferidos para o catamarã "Senhor do Bonfim", da empresa Vera Cruz, que atendeu, prontamente, ao alerta da CPBA e apoiou nas buscas pelo grupo.

Ainda de acordo com a CBPA, será instaurado um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo.