São João 2019: Ambulantes reclamam das vendas tímidas no Pelourinho

Os ambulantes do Pelourinho, um dos locais escolhidos para receber o São João da capital baiana, ainda não estão no clima dos festejos juninos. Apesar de já ser o terceiro dia de festa, as vendas não decolaram. Como baiano é um povo de muita fé, eles esperam que o negócio aqueça e eles consigam tirar pelo menos 100% de lucro.

“Espero que as vendas melhorem, pois a gente se dedica muito para estar aqui. Trabalho como ambulante no Pelourinho há mais de 20 anos. No São João, chego aqui 8h para varrer e limpar a minha parte da calçada. Depois volto pra casa para almoçar e retorno às 15h para vender as minhas bebidas. Só vou pra casa 4h”, contou a ambulante Jaciane Santos. Ela comprou, inicialmente, R$ 600 e tem vendido cerca de R$ 300 por dia. O lucro não chega aos R$ 300 por dia porque ela precisa repor o que conseguiu dar saída.

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Em sua banca, a cerveja está a partir de R$ 3,50, a água R$ 2,50, o refrigerante R$ 4 e a dose de licor por R$ 3. Segundo a comerciante, o que mais vende é a cerveja. O licor ainda não tem saído muito. “Quem mais compra mesmo é o baiano. Turista não leva nada, parece que tem discriminação com a gente que trabalha na rua”, reclamou Jaciane.

O técnico em manutenção Hélio Madaleno, que está desempregado há cinco meses, resolveu vender licor no Pelourinho durante o São João. Investiu R$ 5 mil e, apesar de querer lucrar R$ 5 mil, acredita que só conseguirá ganhar R$ 3 mil até o próximo dia 24.

“Tem muita concorrência, o que faz com que as vendas não sejam melhores. Está saindo devagar, mas vai sair, se Deus quiser! Meu produto é diferenciado, são licores de Cruz das Almas. Os que mais vendem são Jenipapo, maracujá cremoso e tamarindo. A garrafa é R$ 20, o copo de 200 ml custa R$ 5 e a dose de 80 ml R$ 3”, elencou Madaleno.