Antes de iniciar mudanças operacionais, o novo secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas Boas, garantiu que vai passar um pente fino nas contas e contratos da pasta, além de fazer um recadastramento de todos os profissionais de saúde (servidores e terceirizados) para ter uma “radiografia” do sistema e tentar equacionar queixas da classe médica sobre atraso no pagamento de salário. O orçamento anual está calculado em R$ 4,4 bilhões.
Vilas Boas admitiu que não será simples a tarefa de arrumar a casa e tentar dar um novo rumo à qualidade do serviço oferecido, sobretudo no setor de regulação, onde pacientes esperam, às vezes meses, por transferência e realização de procedimentos de alta complexidade.
“A regulação é um termômetro, é vítima de um sistema que está sobrecarregado. Precisa de ajustes para dar maior fluidez”, avaliou. Para operar na linha de frente dessa missão, Vilas Boas escalou José Saturnino, ex-secretário de saúde de Salvador, na gestão João Henrique, como Superintendente de Gestão dos Sistemas de Regulação de Atenção à Saúde.
Segundo o secretário, serão feitos investimentos para ampliação no número de vagas e implementação de novas ferramentas para agilizar o atendimento. O novo gestor disse ainda que vai aumentar o aporte de recursos nas cidades do interior do estado, com a construção de cinco grandes hospitais, para que as pessoas sejam atendidas lá mesmo, sem precisar vir à capital. Outra medida será remanejar pacientes para hospitais de menor complexidade e até para internação caseira, financiada pelo estado, para agilizar a regulação.
