O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Salvador, Marcos Antônio Sampaio, requisitou nesta quarta-feira (6) ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, a renovação do contrato dos 13 médicos estrangeiros que vieram a Salvador na primeira etapa do programa Mais Médicos, em 2013, e que hoje atuam em postos de saúde de periferia, como Nova Constituinte, Cajazeira e Arenoso e também dos brasileiros formados no exterior que não fizeram o teste do Revalida.
“Hoje temos em Salvador diversos postos de saúde localizados em áreas periféricas com equipes completas, mas que historicamente funcionavam sem médicos. Com o Mais Médicos conseguimos pela primeira vez que funcionassem efetivamente, mas a partir de julho podemos perder esses profissionais, porque vence a autorização para eles trabalharem no programa sem a submissão ao teste do Revalida”, destacou Marcos.
O deputado federal Jorge Solla (PT-BA), que intermediou a reunião, destaca que o problema se estende a todo o país. Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, 1.458 profissionais estrangeiros do Mais Médicos – excetuando os cubanos –, estão nesta situação.
“Precisamos o quanto antes iniciar a articulação com o Congresso para aprovarmos uma medida que estenda os efeitos do projeto que criou o Mais Médicos. Gerar descontinuidade na prestação de um serviço que tem dado excelente resultado seria um desserviço ao país. Mesmo os deputados de oposição não irão se opor, o próprio prefeito de Salvador, não tenho dúvidas, ajudará a construir um acordo porque sabe o quão importante é o Mais Médicos”, disse.
O ministro afirmou que, logo após o arquivamento do processo de impeachment, irá convocar Solla e os demais deputados da base governistas da área da Saúde para articular a votação desta medida. “O Mais Médicos é um gol de placa da presidente Dilma e hoje as pessoas que são contrárias tem até vergonha de falar, porque os prefeitos todos, mesmo os de oposição, sabem a diferença que fez”, destacou o ministro.
PREFEITURAS
Também participaram da reunião desta quarta-feira (6) os prefeitos de Macaúbas, José João Pereira, e de Itapecuru, José Moreira de Carvalho, que trataram da liberação de recursos para obras de saneamento em unidades de saúde e credenciamento de unidades de saúde.
