Saúde

Faltam reagentes para exame de carga viral da AIDS

Publicado em 24/07/2011, às 13h20   Redação Bocão News



Mais uma carência para a população que precisa ser atendida na rede pública de saúde. A mais recente é a falta de reagentes usados no teste que checa a quantidade do vírus da aids, o HIV, no sangue dos pacientes infectados.

O resultado é que o Ministério da Saúde divulgou, neste domingo (24), que irá limitar os exames de carga viral em pessoas com aids. O mais supreendente é o baixo estoque dos regantes se deve a uma licitação paralisada, cujo objetivo era comprar testes mais modernos e rápidos. O processo ficou parado após ser contestado várias vezes por empresas participantes.

Diante da situação, o ministério orienta as secretarias estaduais de Saúde a dar prioridade aos testes em gestantes e crianças de até 4 anos infectadas.

De acordo com o diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, o infectologista Dirceu Greco, os dois grupos são considerados prioritários porque a carga viral interfere no parto e no tratamento precoce das crianças..

No caso dos pacientes em tratamento, com carga viral estável ou com exame marcado, a recomendação é colher e congelar as amostras de sangue para que sejam testadas quando o fornecimento estiver normalizado. A previsão de Greco é que os exames atrasem em um ou dois meses. Segundo ele, isso não deve atrapalhar o tratamento, mas é um transtorno para os pacientes.

“Tecnicamente, o tratamento não deve ter prejuízo”, assinalou o infectologista em entrevista à Agência Brasil. “Do ponto de vista individual, é realmente um transtorno [para o paciente].”

Alguns laboratórios públicos já estão armazenando as amostras, acrescentou, sem informar em quais estado isso já está ocorrendo. No país, 80 instituições fazem o exame da carga viral do HIV.

Para regularizar o fornecimento, o governo federal fez uma compra emergencial dos reagentes usados para abastecer os laboratórios por seis meses. A expectativa, segundo Greco, é que os kits importados cheguem na primeira semana de agosto. Anualmente são feitos 70 mil exames de carga viral – em média dois por paciente – no país.

Informações Agência Brasil

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