Saúde

Amor e paciência são ingredientes essenciais para a criação de crianças autistas

Carlos Alberto/BNews
A luta é diária, mas o carinho recompensa  |   Bnews - Divulgação Carlos Alberto/BNews

Publicado em 06/04/2019, às 13h56   Márcia Guimarães



O dia a dia das mães e pais de autistas é, normalmente, uma roda gigante de emoções. Para conseguir superar tantos desafios ao lado de seus filhos, é preciso muito amor, paciência e força de vontade.

“É uma luta cuidar de uma criança autista. Precisa de muita paciência e chamar muito por Deus para você não fazer uma besteira até mesmo em você. Cada criança autista tem as suas diferenças e limitações. Meu filho tem um grau leve, mas é hiperativo, o que faz com que a agitação seja maior”, contou a dona de casa Adenildes Santana, mãe de Antonio Miguel, 6 anos. Ela estava, neste sábado (6), no evento da Associação de Amigos do Autista da Bahia (AMA) que celebrou o convênio com a prefeitura de Salvador.

A associação ganhou da prefeitura um terreno para construir a sua sede e terá dois convênios para ajudar a manter a instituição. “Hoje fui tomada por uma emoção sem tamanho e com o pensamento de que iríamos estar aqui para entregar o maior sentimento que vai ser a fundação da nossa sede: o amor. Vi o terreno e, nele, o esforço de cada mãe e pai e a alegria de cada criança que será acolhida. É um sonho de 16 anos. A nossa cidade merece e precisa desse núcleo, são mais de mil crianças na fila de espera”, lembrou a presidente da AMA Bahia, Rita Brasil.

Ela contou que o nome do primeiro módulo da AMA vai se chamar “Comunicador Zé Eduardo Bocão”, em homenagem ao padrinho famoso da casa. O local, quando estiver em seu funcionamento pleno, poderá atender cerca de 5.000 pessoas com autismo.

Valentino, que é autista e está hoje com 11 anos, participou do evento com o pai Gabriel Bastianelli. Bastianelli destacou que é muito importante a AMA ter um espaço próprio e a ajuda dos poderes locais, pois isso proporcionará uma maior autonomia à instituição, que não terá que “quase implorar” o tempo todo por doações. 

A pedagoga Joilma Mascarenhas é voluntária na AMA junto com a filhinha Giovana desde 2015. A mãe conheceu a instituição através de um projeto de voluntariado corporativo onde trabalhava e, mesmo depois de sair da empresa, continuou como voluntária e já organizou evento com jovens aprendizes no local. 

“O objetivo de ser voluntária é fazer bem a outras pessoas sem retorno. Mesmo assim, a gente recebe em troca o amor, o carinho e a amizade, e isso eu quero que a minha filha veja como exemplo. Então, levá-la para a AMA significa mostrar, através do exemplo, o que é ser voluntário, o que é fazer o bem a outras pessoas”, resumiu Joilma.


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