Saúde

Diferente do que foi dito na CPI, gestão de Queiroga manteve distribuição de cloroquina

Jefferson Rudy/Agência Senado
A expectativa é de que Queiroga seja chamado mais uma vez para dar mais explicações  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 11/05/2021, às 07h32   Redação Bnews



O governo federal entregou, entre abril e maio deste ano, 127,5 mil comprimidos de hidroxicloroquina, remédio ineficaz para tratar a Covid-19. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, havia afirmado durante depoimento na CPI da Covid-19 que não existe mais nenhum protocolo no SUS sobre o uso da medicação como “tratamento precoce” para a doença. 

A expectativa é de que Queiroga seja chamado mais uma vez para dar mais explicações sobre a continuação da distribuição dos medicamentos. Além disso, no site da pasta e na página de capacitação do SUS de profissionais de saúde, o documento com indicação da cloroquina continua disponível para consulta. 

De acordo com o jornal O Globo, com informações da plataforma Localiza SUS, o ministério enviou 27,7 mil comprimidos de cloroquina à cidade de Limeira, interior de São Paulo, no dia 30 de março, uma semana após a posse de Queiroga. No dia 27 de abril, foram enviadas 100 mil cápsulas para Presidente Prudente, também no interior paulista. 

Os medicamentos não possuem nenhuma eficácia contra o vírus, mas foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seus aliados e médicos. Uma publicação na revista científica Nature, que é um compilado de estudos de cerca de 100 cientistas, mostra que a cloroquina e hidroxicloroquina não são eficazes. 

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