Nesta quarta-feira (25), cerca de nove mil médicos e dentistas de todo país vão paralisar o atendimento que é conveniado a planos de saúde. Serão interrompidos todos os procedimentos e consultas.
Somente haverá atendimento em caso de emergência e urgência. A Bahia conta, atualmente, com
pouco mais de 1,4 milhão de beneficiários dos planos de saúde. A paralisação será por 24 horas.
As duas categorias reivindicam o reajuste do valor das consultas repassadas pelos planos de saúde. Em carta aberta, o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), a Associação Baiana de Medicina (ABM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) afirmam que a paralisação é um ato de advertência. O Conselho Regional de Odontologia da Bahia (Croba) também orientou, por meio do seu site, que os profissionais de odontologia participem da manifestação.
Em nota, as associações médicas afirmam que, nos últimos dez anos, os reajustes dos honorários foram irrisórios, enquanto os planos aumentaram as mensalidades acima da inflação. Além disso, alegam que os contratos entre as operadoras e os médicos
são irregulares e não obedecem às normas estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Alertamos que tal situação hoje é insustentável, com riscos de sérios prejuízos à saúde e à vida daqueles que decidiram adquirir um plano de saúde na busca de uma assistência médica de qualidade”, afirma o texto.
Em Salvador irá ocorrer assembleia nesta quarta, às 13 horas, na Faculdade de Medicina, localizada no Terreiro de Jesus. Irão se reunir médicos, usuários de planos de saúde e representantes do Ministério Público federal e estadual, Procon, Ordem dos Advogados da Bahia (OAB) e ANS para discutir temas como a relação entre empresas e a autonomia médica.
