Juazeiro: “fábrica de mosquito” inova no combate a dengue

A mais recente técnica de combate a dengue na Bahia, uma “fábrica do mosquito” em Juazeiro, é no mínimo inovadora. O laboratório tem o objetivo de produz quatro milhões de mosquitos geneticamente modificados para matar as larvas em áreas de alto índice de infestação do Aedes Aegypti. Este ano, o inseto transmissor da dengue já afetou mais de 431 mil pessoas no Brasil.

A deputada estadual Graça Pimenta (PR), enfermeira e vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa (AL), considera a iniciativa importante: “acredito que todas as iniciativas que visam reduzir o risco de infestação da dengue são válidas. O combate ao mosquito geralmente é feito de forma tradicional com a atuação dos agentes de endemias, mas as ações fundamentais precisam partir da população que deve estar atenta aos focos do mosquito e ao acúmulo de água em locais como pneus e vasos de plantas”, ressalta a parlamentar.

A fábrica de mosquitos custou R$ 1,7 milhão e foi financiada pelo governo do Estado da Bahia, com apoio do Ministério da Saúde. Segundo o ministério, os mosquitos criados nessas instalações recebem injeções de diferentes vírus, que acabam sendo transmitidos no momento da reprodução e, por isso, conseguem matar as larvas antes mesmo de seu nascimento. O projeto será levado a outros bairros da cidade e a empresa já montou um novo laboratório para produzir quatro milhões de mosquitos por semana. Ainda não há previsão de uso da técnica em outras cidades do Estado.

Matéria originalmente publicada às 10h22 do dia 09/07.