Saúde

Déficit de leitos de UTI na Bahia chega a 50%

Bocão News
O Estado possui apenas a metade da quantidade apontada como ideal pela Organização Mundial de Saúde  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 22/08/2012, às 15h53   Redação Bocão News


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O número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Bahia está longe da realidade apontada como ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Estado dispõe de 2.114 unidades para 13.070.250 habitantes, enquanto a OMS indica a necessidade de 330 leitos para cada um milhão de habitantes. O déficit no Estado chega a 2.199 unidades, o que representa 50% do ideal, que seria de 4.313 leitos. As informações são do Jornal A Tarde.

No Hospital Geral do Estado (HGE), 15 pacientes em estado grave que aguardavam vagas em UTI foram transferidos para outras unidades médicas de Salvador. A transferência foi acompanhada de perto pelo Secretário da Saúde do Município, Jorge Solla. Para o secretário, a superlotação na unidade hospitalar é decorrente do alto índice de acidentes de trânsito com vítimas.

De acordo com Solla, 4.493 pacientes feridos em acidentes de trânsito foram atendidos nos últimos oito meses no HGE. A média mensal é de 560 atendimentos deste tipo de ocorrência. "São casos complexos que ocupam o leito por mais tempo", informou Solla ao A Tarde.

A promessa do secretário é que novos 20 leitos de UTI serão criados até o início de setembro.

O presidente do Democratas de Salvador, Heraldo Rocha, reagiu aos argumentos apontados pelo secretário Jorge Solla. “’Epidemia de acidentes’ é justificativa para quem não estar comprometido em solucionar o caos da saúde pública em nosso estado”, comentou, por meio de nota divulgada à imprensa.

O líder democrata se posicionou de forma contrária ao argumento de Solla e disparou: “Não faltam apenas leitos de UTI, medicamentos, médicos e equipamentos. Falta coragem ao secretário Jorge Solla para assumir os problemas da saúde pública no estado e resolvê-los de verdade”

Superlotação - Duas medidas são consideradas essenciais pelo médico intensivista Julio Neves, para tentar minimizar o problema da superlotação: organização e triagem rigorosa. Para ele, o fácil acesso ao hospital acaba permitindo que casos de menor gravidade ocupem o espaço que deveria ser destinado aos casos mais graves.

Ele aponta a necessidade de planejamento, a fim de que as unidades que atendam determinadas especialidades atendam estes casos de forma restrita. Para ele, a superlotação do HGE também tem causa na falta de estrutura dos postos de saúde espalhados pelo Estado.

Classificação Indicativa: Livre

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