O polêmico programa “Mais Médicos” é um caso de revolta para boa parte da classe dos médicos brasileiros mas, para os municípios do interior de todo o Brasil, está sendo interpretado como uma chance de diminuir os crônicos problemas enfrentados com a saúde nestas regiões. Somente na Bahia, 317 municípios já solicitaram adesão ao programa, o que corresponde a 76% de todas as cidades do estado.
A informação é oficial e foi divulgada pelo Ministério da Saúde, que coordena a implantação do programa. Caso o número permaneça estacionado nesta cifra, ao todo seriam necessários 1382 médicos atuando ao mesmo tempo para dar conta da demanda para a atenção básica. A primeira fase de inscrições de municípios teve encerramento decretado á meia-noite de quinta-feira.
Entretanto, quem ficou para trás terá ainda a chance de conseguir credenciamento no próximo dia 15 de agosto. O balanço nacional ficou em 3511 municípios, o que corresponde a 63% das prefeituras de todo o país e 92% das cidades consideradas prioritárias pelo governo. Isto requer o despacho de 15.460 médicos para todo o país, que deverão trabalhar em algumas das regiões mais recônditas do Brasil. De todos os inscritos, 73% são do Nordeste.
