Saúde

Falta de médicos é culpa das instituições de ensino, alega Solla

Roberto Viana
Para o secretário da Saúde, não há médicos porque as faculdades não formam profissionais para suprir a demanda  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 24/08/2013, às 11h08   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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O secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, está bastante otimista com a vinda de médicos estrangeiros que atuarão na Bahia, através do Programa Mais Médicos, nos próximos dias. Solla congratulou a presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (23) por reconhecer a carência de profissionais na área. Apesar disso, o secretário reconheceu a necessidade de contratar mais profissionais, mas transfere a responsabilidade para as instituições de ensino.

“Essa medida é muito corajosa da presidenta Dilma. É ousada e decisiva para garantir o direito do cidadão. Porque hoje o cidadão tem um posto de saúde com um ala de enfermagem, com estrutura, mas não tem profissional para isso”.

Para Solla, o problema da saúde está na falta de formação de novos profissionais. De acordo com o secretário, existe uma demanda de 15 mil vagas em postos de saúde, mas que não são preenchidas por falta de profissionais.

“No governo Wagner criamos 1,3 mil novos leitos na rede própria hospitalar. Vamos chegar até o fim do ano com mil postos de saúde construídos e o SAMU atingindo a 80% da população. Obviamente que todos esses serviços precisam de médicos, mas, infelizmente, as universidades não abriram vagas e não formaram profissionais na mesma velocidade que o sistema de saúde cresceu, que expandiu”, alega.

Com isso, o secretário está confiante com a segunda fase de inscrição do programa, que está aberta desde o dia. Para Solla, a primeira fase não foi tão bem sucedida devido a desconfiança dos profissionais estrangeiros. “Sair da Espanha para vir para cá para um programa que está começando, a pessoa fica insegura. A medida que for funcionando, vai atraindo novos profissionais. A cada fase, novos profissionais vão se sentir mais a vontade para se engajar nesse projeto tanto brasileiros quanto estrangeiros”.

Programa – Na Bahia estão confirmados 144 profissionais, sendo 103 brasileiros e 41 com registro profissional de fora do país. Estão distribuídos em 63 municípios, sendo a maioria (49) em regiões de extrema pobreza. O número de vagas preenchidas equivale a 10% da demanda dos municípios do estado, que apontaram a necessidade de 1.382 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema Único de Saude (SUS).

Publicada no dia 23 de agosto de 2013, às 18h54

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