Saúde

Idosa de 84 anos carregava feto morto no abdômen há 44 anos

Imagem Idosa de 84 anos carregava feto morto no abdômen há 44 anos
Descoberta aconteceu durante exames por causa de fortes dores no estômago  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/02/2014, às 17h29   Redação Bocão News


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Um fato inusitado durante um exame de estômago chocou a todos no
Hospital Regional dePorto Nacional, nesta sexta-feira (7) a 66 km de Palmas, no estado do Tocantins. Uma idosa, de 84 anos, descobriu que há 44 anos carrega um feto no abdômen. Conforme publicação do site G1.

Segundo informações da ginecologista e obstetra Gesneria Saraiva Kratka, fornecidas ao site G1, a mulher foi até a unidade fazer exames após sentir náuseas e fortes dores no estômago e acabou descobrindo o caso inusitado.

Ainda de acordo com a médica, a mulher, que é moradora de Natividade, prefere não se identificar. Ela contou à ginecologista que há 44 anos engravidou. Apesar de não ter feito o pré-natal, já que na época não haviam médicos no município, ela percebeu o bebê crescendo e a gravidez evoluindo. Após algumas semanas, a mulher sentiu fortes dores e procurou um curandeiro. "O homem passou remédios e ela disse que se sentiu melhor. A barriga não cresceu mais, o bebê parou de movimentar e ela pensou que tinha abortado", relatou Gesneria.

O feto morreu, mas continuou no abdômen da mulher. A médica explicou que a gravidez dela foi ectópica (fora do útero). Segundo a ginecologista, com o passar do tempo houve uma organização no próprio organismo, uma adaptação, que permitiu que a idosa passasse 44 anos sem sofrer complicações na saúde por causa do feto morto.

Gesneria disse ao site, que pela ultra-som não foi possível ver o feto. Que a equipe médica fez um raio-x e pelo exame, é possível ver o rosto, os ossos dos braços, das pernas, as costelas e a coluna. Disse também, que algumas partes estão 'borradas', estão em uma fase de calcificação e tiveram o aspecto modificado, e ainda que é provável que o feto tenha morrido na 20ª semana, no máximo na 28ª.

A idosa ficou surpresa com a novidade, mas disse à médica que não quer fazer a cirurgia para a retirada do feto. "Ela é viúva e disse que se o feto ficou durante todos estes anos dentro dela, ela prefere não tirar". Mas a ginecologista alertou que é importante fazer a cirurgia porque o feto pode trazer riscos à saúde dela. "Pode haver obstrução da alça intestinal, cólicas, retenção de fezes, aderência, tudo pode acontecer".

Segundo a médica, um caso como esse é muito raro. "É sobrenatural. Mas ela não teme complicações. Nós vamos fazer novos exames, tomograficas para ver mais detalhes e depois vamos conversar com os parentes dela para ver se eles a liberam para fazer cirurgia". A médica ainda disse que já tinha visto casos parecidos, mas nenhum deles a mulher ficou por tanto tempo carregando um feto morto.

Fonte: site G1.

Fotos: Divulgação / site G1 

Classificação Indicativa: Livre

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