Saúde

Brasil estuda regular transplante de fezes

Assessoria de Comunicação do HC-UFMG
Apesar do nome sugestivo, não são literalmente fezes que são colocadas no paciente doente  |   Bnews - Divulgação Assessoria de Comunicação do HC-UFMG

Publicado em 13/07/2023, às 19h19   Osvaldo Barreto


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Descrevido pela primeira vez na história em 1958, o transplante de fezes ou microbiota fecal pode ser regulamentado no Brasil. No país, ele foi realizado pela primeira vez apenas em 2013. O procedimento pode tratar quadros de  colite pseudomembranosa, uma  inflamação do cólon, região central do intestino grosso, que causa febre, dor abdominal e diarreia.

Apesar do nome sugestivo, não são literalmente fezes que são colocadas no paciente doente. O bolo fecal passa por um procedimento para separar as bactérias "boas", que são os microorganismos presentes no organismo humano que exercem papéis positivos, como ajudar na digestão, fortalecer o sistema imunológico, produzir vitaminas essenciais, competir com bactérias prejudiciais e manter o equilíbrio do microbioma. Depois, o conteúdo pode ser injetado como pó, após passar por processo de desidratação, ou líquido, a forma mais utilizada, que precisa ser armazenada em um ultrafreezer (-80°C), o que garante a sua viabilidade por cerca de quatro meses.

No Brasil, apesar de já ter sido testado, o procedimento não  foi aprovada e regulamentada pela Anvisa e, por isso, não pode ser amplamente oferecidas em hospitais. As universidades que oferecem o procedimento estão dentro de um protocolo de pesquisa aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – e devem seguir as regras estipuladas no projeto autorizado.

A Anvisa afirmou à BBC News Brasil que recebeu recentemente um pedido de "enquadramento regulatório" para este tipo de tratamento. "O 'enquadramento regulatório' define qual o caminho de regularização necessário para uma nova tecnologia", informou a agência.

Classificação Indicativa: Livre

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