Saúde

Cirurgias feitas por mulheres têm menor risco de complicação, aponta estudo

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Pesquisa aponta que pacientes tratados por mulheres em cirurgias tiveram menos risco de complicação e morte  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 31/08/2023, às 18h59   Cadastrado por Victória Valentina


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Passar por uma cirurgia liderada por uma médica pode trazer menos riscos de complicação. Pelo menos essa é a constatação de uma pesquisa publicada na última quarta-feira (30) na revista científica Jama Surgery. De acordo com a publicação, pacientes tratados por mulheres nos centros cirúrgicos tiveram menos riscos de morte e de passarem por complicações graves até um ano após o procedimento.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores fizeram uma associação entre o gênero do profissional de saúde e o resultado da operação em quase todos os subgrupos pesquisados, que incluiram as características do paciente, do hospital e o risco do procedimento. Cerca de 20% dos pacientes que tinham 60 anos apresentavam comorbidades graves.

Foram observados dados de um grupo de 1,1 milhão de pacientes. Cerca de 150 mil deles haviam sido tratados por médicas como chefes de cirurgias. 

Pacientes operados em Ontário, no Canadá, que passaram por 25 tipos de cirurgias diferentes entre 2007 e 2019 participaram da pesquisa. No geral, 13,9% das pessoas tratadas por homens tiveram complicações nos 90 dias seguintes à cirurgia — a porcentagem para os casos liderados por mulheres foi de 12,5%.

Cerca de 25% dos operados por homens tiveram complicações até um ano depois do procedimento — entre os pacientes sob cuidados de uma cirurgiã, apenas 20,7% enfrentaram problemas. A diferença se manteve também na mortalidade: para os três primeiros meses, foram 0,8% contra 0,5% (médicos homens e mulheres, respectivamente); e para o ano seguinte à cirurgia, 2,4% contra 1,6%.

O estudo se baseia nas diferenças numéricas e não ustifica a discrepância entre os gêneros dos cirurgiões. Os pesquisadores apontam, porém, rabalhos anteriores feitos com outros cortes populacionais que relataram uma diferença de comunicação entre as médicas e seus pacientes além do “estilo de prática operatória” como fator diferencial.

Segundo os cientistas canadenses, os médicos homens eram responsáveis principalmente por cirurgias ortopédicas e gerais. Já as mulheres foram maioria na obstetrícia e ginecologia, o que pode influenciar nos dados observados. 

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