Saúde

Confira 10 dicas para evitar problemas como gordura no fígado; sabia detalhes

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O cirurgião do fígado e aparelho digestivo dá dicas sobre check-ups e dieta  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 02/10/2023, às 14h15   Cadastrado por Bernardo Rego


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O brasileiro, de maneira geral, possui hábitos não muito saudáveis. De acordo com um estudo feito pelo Ministério da Saúde, dois em cada dez brasileiros consomem de forma excessiva o álcool. As informações são do O Globo. 


Ainda segundo o levantamento, 56,8% da população tem excesso de peso, considerando os quadros de sobrepeso e obesidade. Os dois cenários, em alta, funcionam como uma bomba-relógio para o fígado e o aparelho digestivo. O cirurgião especialista em fígado e aparelho digestivo, Ben-hur Ferraz Neto, listou 10 dicas para ter uma vida melhor.


Há uma grande incidência de pessoas obesas ou com sobrepeso, hábitos alimentares pouco saudáveis, sedentarismo, alterações do colesterol e da glicemia, bem como da microbiota intestinal (população de bactérias saudáveis que vivem no intestino). Tudo isso, junto ou separadamente, contribui para a ocorrência do que chamamos de esteatose hepática, que é o acúmulo de gordura no fígado.


A prevalência chega a índices ao redor de 35% da população. Por meio de uma simples conta, podemos concluir que, no Brasil, são mais de 75 milhões de pessoas com a enfermidade. Em indivíduos com sobrepeso e obesidade, este número pode atingir 80%.


Um melhor controle da alimentação, redução do consumo de bebidas alcoólicas, do peso, da glicemia e, principalmente, mais atividade física, com o abandono do sedentarismo são medidas que podem ser tomadas para evitar esse tipo de doença.


As pessoas com 50 anos ou mais devem realizar um check-up do fígado, que é a única forma de tomar consciência sobre o estado do órgão e prevenir complicações graves no futuro. Além disso, aqueles que fazem parte de um grupo de risco, como sobrepeso, obesidade, dislipidemia, diabetes, hipertensão arterial, entre outros, devem se submeter a essa avaliação em qualquer idade.

O check-up é eficaz e pode sugerir graus de risco de doenças crônicas no fígado por meio de fórmulas matemáticas partindo de testes de sangue. Lembre-se, 90% das doenças hepáticas são preveníveis.

Estima-se que, apenas no Brasil, morram anualmente mais de 40 mil pessoas como consequência de cirrose hepática. Ao contrário do que a maioria acredita, grande parte dos pacientes com o diagnóstico não faz uso de bebidas alcoólicas.

Para aqueles que têm doenças hepáticas crônicas, exames rotineiros e periódicos a cada seis meses, no máximo, permitem essa rápida identificação. Mas um desafio é que, pela doença ser silenciosa e assintomática, não induz o paciente a aderir ao importante acompanhamento.

Algumas medidas importantes são não fazer uso abusivo de bebidas alcoólicas, vacinar-se para proteger-se contra as hepatites, fazer exercícios físicos, evitar o sedentarismo e prevenir o sobrepeso.

O fígado é traiçoeiro, quando grita já é tarde. O fígado não tem o glamour do coração (órgão que além de bater sem parar nos remete a emoção e ao amor), mas é a usina do corpo humano. Atualmente, sabemos que as doenças que mais crescem no mundo como causa de morte, são justamente as do órgão. Desde a década de 70, as mortes por doenças hepáticas aumentaram em 400% e já se posicionam como a 3ª causa de óbito prematuro no Reino Unido.

Outro dado importante é que existe uma enorme relação entre as doenças hepáticas e as cardiovasculares. O fígado doente tem um importante papel no processo que desenvolve a aterosclerose, nos fatores inflamatórios relacionados ao sobrepeso e obesidade, assim como na alteração do metabolismo dos lipídeos (colesterol e triglicérides), aumentando o colesterol “ruim” e reduzindo o “bom”. Além disso, aumenta a resistência à insulina e se associa ao aparecimento da diabetes tipo 2.


Focar em hábitos de vida que podem reduzir a incidência dos tumores do intestino, como adotar dieta rica em fibras, frutas, verduras e legumes, reduzir o consumo de carnes vermelhas e gordura animal, praticar atividades físicas, evitar o sedentarismo e o sobrepeso, além de diminuir o uso de bebidas alcoólicas e o tabagismo.


É importante ressaltar que hábitos alimentares saudáveis e ingerir bastante líquido (2 a 3 litros diários) podem ajudar a prevenir as doenças em fases precoces da vida. A dica é o aumento da ingesta de alimentos ricos em fibras (grãos, legumes, vegetais, frutas) que reduzem a pressão dentro do cólon e evitam recorrências e complicações mais frequentes.

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