Coronavírus

MP investiga "fura filas da vacina" em quatro estados, incluindo a Bahia

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Na Bahia, caso aconteceu na região sudoeste  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Governo do Estado de SP

Publicado em 20/01/2021, às 15h15   Redação Bnews


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Mesmo com poucas doses disponíveis para imunizar todos os brasileiros que pertencem aos grupos prioritários da campanha de vacinação contra a Covid-19, há quem ainda use de certa influência para furar a fila. O Ministério Público de Pernambuco, Bahia e Sergipe já investiga episódios de trapaça durante as ações de imunizações nos estados. Foi aberta também uma investigação para apurar irregularidades em Manaus. 

Na Bahia, Reginaldo Martins Prado (PSD), prefeito da cidade de Candiba, no sudoeste da Bahia, desrespeitou o critério de prioridade e tomou vacina contra a covid-19. Aos 60 anos, ele não está incluído nos grupos prioritários da vacinação, determinados no plano do governo estadual.

Em uma foto publicada nas redes sociais da prefeitura, Reginaldo aparece tomando a primeira dose da Coronavac. Além dele, a biomédica Mirele Costa Cruz do Hospital e Maternidade de Candiba, profissional da linha de frente no combate à Covid-19, também foi vacinada. O município recebeu 100 doses do imunizante. [veja publicação ao final da matéria]

Já em Sergipe, o prefeito da cidade de Itabi, Júnior de Amintas (DEM), foi o primeiro a tomar a vacina. Em um vídeo que circula nas redes sociais, ele aparece recebendo a dose e sendo aplaudido por algumas pessoas que estavam na unidade de saúde. O prefeito, 46 anos, não faz parte do grupo que receberá o imunizante nesta primeira fase de vacinação.

Segundo o prefeito, o fato dele ter furado a fila para se vacinar foi “um ato de demonstração de segurança, legitimidade e eficácia da vacina”. O Ministério Público de Sergipe irá investigar o descumprimento ao protocolo estabelecido no planejamento de vacinação.

De acordo com informações do Globo, em Manaus, o órgão tomou a medida após fotos circularem na internet mostrando duas irmãs, da família que comanda uma das maiores universidades privadas da cidade, comemorando o fato de terem sido vacinadas. As duas são médicas, mas foram nomeadas em cargos comissionados na Prefeitura na véspera e no dia do início da vacinação na cidade. Em nota, a Prefeitura de Manaus negou irregularidades na vacinação.

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