Coronavírus

Ministério da Saúde muda distribuição de vacinas e vai priorizar estados atrasados na imunização

Agência Brasil
Queiroga também criticou os estados que estão alterando os prazos da aplicação da segunda dose.  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 18/08/2021, às 13h04   Redação BNews


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O Ministério da Saúde anunciou que irá mudar a logística de distribuição das primeiras doses da vacina contra a Covid-19 para garantir que todos os estados terminem a aplicação da primeira dose. O anuncio foi feito durante entrevista coletiva do ministro Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira (18). Segundo Queiroga, a mudança ocorre para que o governo consiga cumprir sua meta de ter 75% da população adulta vacinada com duas doses.

A mudança na metodologia de distribuição de vacinas ocorre em meio a uma polêmica com o governo de São Paulo, que reclamou publicamente de ter recebido menos doses da Pfizer. 

Durante a entrevista, Queiroga destacou que a vacinação em São Paulo avançou de forma mais rápida porque no estado há mais pessoas encaixadas dentro do grupo prioritários, como trabalhadores de saúde. Além disso, o ministério voltou a afirmar que o governo paulista obteve diretamente do Instituto Butantan mais doses do que o previsto, cerca de 300 mil.

"São Paulo não recebeu mais doses do que deveria. Recebeu a quantidade de doses adequada para a imunização do grupo prioritário. O que a gente precisa fazer é calibrar isso para que todos os estados recebam também de forma adequda para imunização de todos os brasileiros", disse o secretário-executivo Rodrigo Cruz.

Na prática, o ministro afirmou que estados que já estão vacinando adolescentes sofrerão ajustes no recebimento de doses."As doses não são específicas para adolescentes. A vacina para adolescentes é a da Pfizer. Vai haver ajustes em função da necessidade de avançar de maneira equânime nos outros estados. Os estados vão continuar recebendo vacinas, vão aplicar a segunda dose. Esses estados vão receber dose para terminar a imunização. Lembrar que temos a variante Delta, que é uma variável nova", afirmou Queiroga.

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Queiroga também criticou os estados que estão alterando os prazos da aplicação da segunda dose. Segundo ele, se isso continuar ocorrendo, a pasta não terá como entregar as doses necessárias. O ministro pediu para que governadores respeitem os prazos definidos pelo plano de imunização. A perspectiva do Ministério é de que em setembro será possível diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias.

Além disso, o ministro repetiu que o Ministério estuda a aplicação da terceira dose de outras vacinas, mas ainda aguarda estudos científicos sobre o tema.

Na cidade de São Paulo, a prefeitura iniciou por exemplo o cadastro para que a população receba a segunda dose da chamada "xepa", doses que sobram no final do dia da vacinação e correm risco de perder a validade.

"É fundamental que se observe o espaço entre as doses para que consigamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Se cada estado, cada município resolver a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida  e isso atrasará nossa campanha nacional de imunização", afirmou Queiroga.

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