Coronavírus

Especialista alerta para possibilidade de nova variante em Salvador em caso de confirmação do Carnaval 2022

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A secretária interina da Sesab, Tereza Paim, afirmou que uma das possibilidades é a apresentação da carteira de vacinação nos circuitos da folia  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Secom / Prefeitura de Salvador

Publicado em 22/09/2021, às 15h10   Pevê Araújo


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Ainda em fase de estudos, o Carnaval de 2022 pode ser confirmado em Salvador. De acordo com a secretária interina da Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), Tereza Paim, existe a chance da festa acontecer. 

Uma das estratégias para conter o avanço da Covid-19 durante o Carnaval seria a apresentação da carteira de vacinação nos circuitos da folia. Existe também uma possibilidade do comprovante de imunização ser utilizado pela população para frequentar outros locais.

Em entevista com o Bnews, o médico virologista Gúbio Soares afirmou que ainda não é o momento de pensar na realização do carnaval. Ele destacou que os métodos para conter o avanço do vírus podem apresentar falhas. 

"É muito cedo para que tenhamos o carnaval em janeiro, fevereiro ou março. Quanto ao comprovante de vacina, isso na aparência pode até dizer que vai funcionar, mas se sabe que muita gente vai forjar, falsificar comprovante de vacinação", afirmou. 

Mesmo com os bons resultados provocados pela vacina, o virologista pontuou que ainda não existe segurança para realizar eventos com grande público. O médico salientou os casos provocados pela variante Delta e falou sobre a possibilidade do vírus se multiplicar em pessoas que já foram vacinadas.

"O vírus também se multiplica em pessoas vacinadas. Nós temos vários casos e com mortes de indivíduos totalmente vacinados e que pegaram a doença covid e o vírus se multiplicou. A variante Delta também ataca indivíduos que já estão vacinados. Eu acho muito cedo, sou contra o carnaval 2022. Muito cedo para termos um carnaval no país, carnaval em Salvador. Vai ser um desastre", enfatizou.  

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O virologista ressaltou ainda que o número de pessoas vacinadas pode não ser suficiente para controlar os riscos do surgimento de uma nova variante com maior gravidade.

"Os eventos, todo mundo fica sem máscara. Basta que uma, duas, três ou quatro pessoas não estejam vacinadas para o vírus se espalhar, principalmente a variante Delta, ou outra variante que possa surgir aqui na cidade de Salvador. A gente tem que ter muito cuidado. O Brasil é um país muito grande, muita gente sem vacinar ainda na cidade de Salvador, então, a gente pode correr o risco de surgir uma variante aqui na cidade de Salvador com maior gravidade que a variante Delta", concluiu o médico. 

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