Saúde

Deixar de comer carne pode ser um problema para a sua saúde: entenda

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Alguns comportamentos aparentemente inofensivos podem provocar insuficiências. Descubra se esse o caso da carne  |   Bnews - Divulgação Le Cavalcante/ Divulgação

Publicado em 20/04/2022, às 06h00   Letícia Rastelly


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Ideais relacionados a saúde têm feito a sociedade alterar hábitos alimentares nas últimas décadas. Duas dessas modalidades, que já possuem milhões de adeptos, é o veganismo e o vegetarianismo, que, com algumas diferenças, pregam a não ingestão de proteína animal, que normalmente chamamos de carne ou mistura. Mas será mesmo que cortar esse alimento é um bom caminho?

De acordo com o Ministério da Saúde, por meio do Guia “DesmistifIcando Dúvidas sobre Alimentação e Nutrição”, os indivíduos vegetarianos apresentam menor risco de desenvolverem doenças como obesidade, diabetes, hipertensão arterial sistêmica (HAS), doenças cardiovasculares e certos tipos de cânceres, principalmente de intestino e reto. Isso se deve ao elevado conteúdo de fibras.

Sabendo disso, é natural que a haja uma escolha que direcione o indivíduo na busca da não ingestão desse tipo de proteína, porém, os médicos não indicam que sejam feitas dietas restritivas, onde um determinado tipo de alimento seja excluído das refeições e, menos ainda, uma mudança alimentar tão drástica, principalmente sem qualquer acompanhamento médico. Tais atitudes podem gerar riscos à saúde, como novos comportamentos e até compulsividades, por causa da alteração de hábitos e ausência de nutrientes essenciais.

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A nutricionista Emile Miranda detalha que “comportamentos aparentemente inofensivos, como dietas restritivas, excesso ou abdicação de refeições e alimentos, podem esconder questões mais profundas sobre a percepção das pessoas sobre a comida, de modo que há um grande risco de o indivíduo compensar em outro tipo de alimento ou a forma como se alimenta, podendo gerar excessos ou insuficiências”.

Ainda de acordo o guia do Ministério da Saúde, um dos motivos para ter um acompanhamento médico ao mudar os hábitos alimentares, é porque dietas vegetarianas, por exemplo, podem apresentar menor densidade energética e menor conteúdo de gorduras saturadas quando comparadas às dietas à base de proteínas animais, que incluem carnes e derivados. 

“A carência de nutrientes essenciais, em geral, tem repercussões no cérebro, assim como o déficit de algumas vitaminas, a citar o folato e a vitamina B12. Em sua ausência elas se relacionam com um estado de ânimo depressivo e com a deterioração cognitiva”, explica Emile, ou citar que qualquer mudança alimentar pode gerar um gatilho para outros problemas já pré-existentes, como a ansiedade e depressão.

Por isso, na busca por uma melhor qualidade de vida, no quesito alimentação, faz-se necessário uma avaliação médica. Em tempo, é importante salientar que se não há uma pré-disposição genética ou uma alteração nas taxas, os problemas relacionados a alimentação costumam estar relacionados ao excesso de consumo de diversos tipos de alimentos, por isso, a dica é sempre manter o equilíbrio e nada de exageros.

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