Saúde

Diabetes: Saiba como evitar e identificar doença silenciosa

Agência Brasil/EBC
Diabetes levou jovem de 20 anos a morte nesta semana  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil/EBC
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 13/05/2023, às 06h30


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Quase que silenciosamente a diabetes chegou ao jovem Isaías Batista, de 20 anos, que faleceu após passar mal e receber um suposto diagnóstico errado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pirajá/Santo Inácio. O garoto faleceu na última segunda-feira (8), após ser liberado da unidade de saúde sob a alegação de estar sofrendo apenas de uma "virose".

Sem ter conhecimento de que o barbeiro possuía diabetes, os familiares tentaram ajudar, sem sucesso, o jovem, que chegou ao ponto de ficar pálido, sem conseguir andar ou falar, além de apresentar constante sede e vontade de urinar. Demorou para que fosse descoberto que o nível de açúcar no seu sangue havia chegado aos 800mg/dl, o que levou a sua morte.

Em contato com a médica endocrinologista Izadora Gomes, o BNews coletou informações sobre a doença, que até 2022 acometia cerca de 12,3 milhões de pessoas no país.

Para começar, a profissional explicou que, de fato, a diabetes geralmente não manifesta os sintomas no início do quadro e, muitas vezes, permanece silenciosa por anos.

"Conforme os níveis de açúcar no sangue vão aumentando, sintomas mais típicos irão surgir como a sede excessiva, o aumento da frequência urinária, o aumento da fome e a perda de peso. Além desses, podem aperecer infecções genitais de repetição e disfunção erétil, que são menos especificos", inicia.

Ela explica ainda que podem existir vários tipos de diabetes, sendo eles definidos de acordo com os níveis de açúcar no sangue do paciente.

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"O tipo mais comum é o diabetes tipo 2, que corresponde a cerca de 90% dos casos e portanto é o mais conhecido. Ele é identificado principalmente após os 40 anos de idade, em indivíduos em sua maioria, obesos e com história familiar da doença. Hoje em dia é diagnosticado cada vez mais em jovens por aumento dos casos de obesidade nessa população. Um dado preocupante é que 40% das pessoas que já apresentam diabetes, não sabem que tem a doença", explica.

Alguns fatores, segundo a médica, podem aumentar o risco de desenvolvimento da diabetes. Os principais são a obesidade e o histórico familiar, principalmente se for de parentes de primeiro grau.

"No entanto, ter familiares acometidos não é fundamental para seu desenvolvimento. Outros fatores seriam o sedentarismo, a idade, a hipertensão arterial, o colesterol alto, a diabetes gestacional prévio e o tabagismo", afirma.

A profissional de saúde ainda explica que a principal forma de evitar o desenvolvimento da diabetes tipo 2, o mais comum, é a adoção de um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação balanceada e evitar ganho de peso. Com essas medidas, é possível minizar o risco, mesmo que exista na história familiar.

Além disso, é importante que pessoas que tenham risco de desenvolver a doença realize, constantemente, exames para tentar identificar se está com diabetes, mesmo que nenhum sintoma seja apresentado.

"De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, todos os indivíduos acima de 45 anos devem ser rastreados. Se abaixo dos 45 anos, [devem ser rastreadas] as pessoas com sobrepeso, obesidade e algum outro fator que aumente o risco de desenvolvimento", diz.

"Caso exista algum sintoma, devem ser feitos exames em qualquer idade. Essas pessoas podem procurar serviços de saúde para uma avaliação médica e a realização exames laboratoriais que vão avaliar seus níveis de açúcar no sangue", finaliza.

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